Foto: Jean Assis

A vida cristã começa com arrependimento, que é uma mudança na mente. Toda a vida de uma pessoa precisa mudar quando ela confia em Cristo, incluindo seus valores, alvos e conceitos da vida. A ordem de Paulo é: “Não mais andeis como também andam os gentios”. Você é crente, sua vida precisa ser diferente. Neste início de ano, ore para que os pecados descritos abaixo não sejam constantes em sua vida:
1. Mentira
Uma mentira é uma afirmação contrária aos fatos, falada com o propósito de enganar. A mentira abrange toda a espécie de trapaças. O diabo é o pai da mentira (Jo 8.44). Quando falamos a verdade Deus está trabalhando em nós; quando falamos a mentira, o diabo está agindo. Os mentirosos, ou seja, aqueles que são controlados pela mentira não herdarão o Reino de Deus (Ap 22.15). O primeiro pecado condenado na igreja primitiva foi o da mentira (At 5.1-11). A mentira destrói a comunhão da igreja, diz o apóstolo Paulo. A comunhão é edificada na confiança. A falsidade subverte a comunhão, ao passo que a verdade a fortalece.
2. Ira
Há dois tipos de ira: a justa e a injusta. Precisamos ter ira justa. A ira de Wilberforce contra a escravidão na Inglaterra. A ira de Moisés contra a idolatria. A ira de Lutero contra as indulgências. A ira de Jesus no templo expulsando os cambistas. Se Deus odeia o pecado, o seu povo deve odiá-lo também. Se o mal desperta a sua ira, também deve despertar a nossa (Sl 119.53). Ninguém deve ficar irado a não ser que esteja irado contra a pessoa certa, no grau certo, na hora certa, pelo propósito certo e no caminho certo. Paulo qualifica sua expressão permissiva, irai-vos com três negativos: 1) “Não pequeis” – Devemos nos assegurar de que a nossa ira esteja livre de orgulho, despeito, malícia ou espírito de vingança; 2) “Não se ponha o sol sobre a vossa ira” – Paulo não está permitindo você ficar irado durante um dia, ele está exortando a não armazenar a ira, pois pode virar raiz de amargura; 3) “Nem deis lugar ao diabo” – O diabo gosta de ficar espreitando as pessoas zangadas para tirar proveito da situação – Ex. Caim.
3. Roubo
Deus estabelece o direito de propriedade. Esse pecado inclui toda sorte de desonestidade que visa tirar do outro aquilo que lhe pertence: pesos, medidas, salários, trabalho, impostos, dízimo, etc. Assim como o diabo é um mentiroso e assassino, é também um ladrão (Jo 10.10). Ele fez de Judas um ladrão (Jo 12.6). Quando ele tentou Eva, ele a levou a roubar (tomou do fruto proibido). Ela fez de Adão um ladrão, porque ele também tomou do fruto. O primeiro Adão foi um ladrão e foi expulso do paraíso, mas o último Adão, Cristo, voltou-se para um ladrão e lhe disse: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Não basta ao desonesto parar de furtar. Paulo dá mais duas ordens: trabalhar para o sustento pró- prio e trabalhar para ajudar outros. Em vez de parasita da sociedade, benfeitor!
4. Palavras torpes
O apóstolo volta-se do uso das nossas mãos, para o uso da nossa boca. A palavra torpe é “sapros”, palavra que se emprega para árvores podres e frutos podres. Palavra que prejudica os ouvintes. Um cristão pode ter uma boca suja (Rm 3.14). Quando muda o coração, a boca muda. Nossa comunicação precisa ser positiva: 1) Boa; 2) Edificação; 3) Necessária; 4) Transmita graça aos que ouvem. Jesus disse que há uma conexão entre o coração e a boca. A boca fala do que o coração está cheio. Também vamos dar conta no dia do juízo por todas as palavras frívolas que proferimos (Mt 12.33-37). Nossa língua pode ser uma fonte de vida ou um instrumento de morte (Tg 3). Podemos animar as pessoas ou destruí-las com a nossa língua (Pv 12.18). A fala torpe entristece o Espírito, que é Santo.
5. Amargura
Paulo usa seis atitudes pecaminosas nos relacionamentos: 1) Amargura – é um espírito azedo e uma conversa azeda, um espírito ressentido que se recusa a reconciliar-se; 2) Cólera – É uma fúria apaixonada; 3) Ira – Hostilidade sombria; 4) Gritaria – Pessoas que erguem a voz numa alteração, e começam a gritar e até a berrar umas contra as outras; 5) Blasfêmia – Falar mal dos outros, especialmente pelas costas, difamando e destruindo a reputação das pessoas; 6) Malícia – Desejar e tramar o mal contra as pessoas. Essas atitudes pecaminosas devem ser substituídas pela benignidade, compaixão e perdão. Esse é o modo de andar digno de Deus, não só neste novo ano, mas em toda a nossa vida. Oremos!