quinta-feira, 23 de junho de 2016

O maior dos profetas “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo.” Assim o evangelho de Lucas inicia o canto de Zacarias que louva a Deus pelo nascimento do filho João Batista. E mais adiante ele proclama: “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo porque irás adiante da face do Senhor a preparar os seus caminhos.” (Lc 1, 68.76) No dia 24 de junho, com muita alegria, a Igreja solenemente celebra o nascimento de São João Batista que, ao lado da Virgem Maria, são os únicos em que a liturgia lembra o nascimento. Os demais santos são comemorados no dia da morte – quando terminam sua missão e nascem para a vida eterna – mas João é comemorado duas vezes: no nascimento e no seu martírio, celebrado em 29 de agosto. Esse privilégio litúrgico se deve à grandeza da missão do Batista. Ele é o precursor do Messias, aquele que foi enviado para preparar os caminhos do Senhor. É testemunha da luz por ter apontado Cristo no meio da humanidade: “Eis o Cordeiro de Deus, eis o que tira o pecado do mundo.” (Jo 1, 29) Sua festa evoca a manifestação da graça e bondade de Deus. O nome João significa “Deus se mostrou misericordioso”. A misericórdia de Deus se manifestou no nascimento desse profeta. Seus pais, Zacarias e Isabel, “eram justos diante de Deus, caminhando irrepreensivelmente em todos os mandamentos e preceitos do Senhor.” (Lc 1, 6) Não tinham filhos porque Isabel era estéril e ambos estavam em idade avançada. Isso era considerado um castigo de Deus na mentalidade judaica da época, mas Deus prova o contrário.


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