Só o
voto muda
A
semana termina com a timidez da reforma política, exposta na rejeição de novas
regras na Câmara dos Deputados. A Casa iniciou a análise e votação das
propostas, rejeitando pontos importantes e preservando regras tão antigas
quanto perversas para o ambiente político-eleitoral.
Pouca
coisa vai mudar, se levar em consideração a resistência da ala atrasada que se
perpetua no Congresso Nacional.
Veja
só: os deputados rejeitaram propostas que efetivamente iriam mudar o sistema
político brasileiro, como o fim das coligações proporcionais, o impedimento de
doação de campanha por empresas privadas, aprovação do voto distrital, misto ou
o chamado “distritão”.
Os
parlamentares preferem que o sistema fique como está porque eles são os
beneficiados.
O
próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admitiu o faz-de-conta
da reforma política, criticando os seus colegas de Casa:
“Se
algumas decisões do Congresso não são as decisões que a sociedade esperava
obter, se as decisões podem frustrar alguém, até a mim, pessoalmente, é porque
o Congresso decidiu ficar como está”, disse, em entrevista à Agência Brasil.
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