domingo, 5 de julho de 2015

A queda de Dilma ganha força em Brasília
O avanço da investigação da Lava Jato, com novas revelações, colocando o escândalo bem próximo da rampa do Palácio do Planalto, e mais a insatisfação dos brasileiros com o arrocho na economia e quebra de compromissos assumidos em campanha, fizeram ganhar força a possibilidade de impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT).
Existe esse sentimento em Brasília, conforme revela a jornalista Vera Magalhães, que assina a coluna “Painel” da Folha de S. Paulo. Leia as sete novas que ela escreve sobre o assunto:
“1 – Bloco na rua – As principais lideranças da oposição e do PMDB discutem abertamente dois caminhos possíveis para deflagrar, já em agosto, movimento para forçar a queda de Dilma Rousseff.
De um lado estão os que defendem a cassação da chapa Dilma-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a convocação de novas eleições em três meses.
Do outro, o grupo que defende uma “saída Itamar”, com processo de impeachment contra a presidente. Nesse caso, Temer assumiria um governo de “repactuação nacional”;
2 – Grupo 1 – Entre os que apostam na saída TSE está a ala do PSDB ligada a Aécio Neves (MG), que acredita que o senador venceria nova eleição graças ao recall de 2014;
3 – Costura – Aécio e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que assumiria a Presidência por 90 dias caso a Justiça Eleitoral cassasse Dilma, conversaram várias vezes sobre os cenários da crise nas últimas semanas;
4 – Soft – A ala dos que avaliam que a melhor saída institucional seria Temer assumir o governo engloba o PMDB do Senado, ministros de tribunais superiores, juristas e tucanos como o senador José Serra;
5 – No voto – Ministros do TSE dizem que o tribunal é majoritariamente favorável à convocação de novas eleições em caso de cassação da chapa. Eles descartam a possibilidade de Aécio, segundo colocado, assumir sem novo pleito;
6 – Dá cá aquela palha – O ambiente político está sendo preparado. “E, quando se quer fazer algo, qualquer Fiat Elba resolve”, diz um tucano, em referência ao carro que derrubou Fernando Collor;
7 – C’est fini – Parlamentares da base relatam que a derrota na votação do reajuste do Judiciário foi a prova de que Dilma não tem sustentação no Congresso. “O governo acabou”, diz um peemedebista.”
Pois bem.
Esse é o ambiente em Brasília.
A situação da presidente Dilma está cada vez mais insustentável, por isso, os que ainda resistem por entender que o momento é delicado para um impeachement, começam a ceder a essa possibilidade.
Esse é um sentimento que está cada vez mais forte na sociedade.

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