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O povo brasileiro anda estupefato com os escândalos financeiros que brotam como cogumelo em nossa nação e desidratam os cofres públicos e deixam anêmica a nossa economia. A nação está sendo saqueada sem piedade, por aqueles que pousam de beneméritos do povo. A busca insaciável pelo lucro a qualquer custo tornou-se uma doença crônica e endêmica. É nesse contexto que a palavra de Deus adverte: “Melhor é o pouco, havendo justiça, do que grandes rendimentos com injustiça” (Pv 16.8). A riqueza é uma bênção de Deus se granjeada com honestidade. É Deus quem fortalece nossas mãos para adquirirmos riquezas. A prosperidade que Deus dá não traz em sua bagagem o desgosto. Porém, é um terrível engano negociar princípios absolutos e vender a consciência para granjear fortunas e acumular bens.
O dinheiro adquirido com injustiça não traz conforto nem descanso para a alma. Mentir e corromper para obter vantagens financeiras é uma consumada tolice.Roubar e gananciosamente surrupiar o alheio para acumular riquezas é uma consumada loucura. Torcer as leis e atentar contra a vida do próximo para abastecer a ganância insaciável é entrar por um caminho de morte. Melhor é ser um pobre íntegro do que um rico desonesto. O bom nome vale mais do que riquezas. De nada vale morar num palacete e viver inquieto. De nada adianta morar num apartamento de luxo e não ter paz na consciência. É totalmente desprezível ostentar ou esconder uma riqueza cuja origem está escondida nos porões da corrupção. A felicidade não está nas coisas, mas em Deus. A segurança não está no dinheiro, mas em Cristo. A paz interior não está no quanto de dinheiro você tem, mas na habitação do Espírito Santo em seu coração.
A palavra de Deus, outrossim, alerta-nos para o fato de que, “melhor é um bocado seco e tranquilidade do que a casa farta de carnes e contendas” (Pv 17.1). A sociedade valoriza muito a riqueza e o requinte, mas investe muito pouco em relacionamentos. As pessoas conseguem aumentar seus bens, mas não conseguem melhorar sua comunicação. Adquirem bens de consumo, mas não tem prazer de usufruí-los. Fazem banquetes colossais, mas não há alegria para saboreá-los. É melhor comer m pedaço de pão seco, tendo paz de espírito, do que ter um banquete numa casa cheia de brigas e contendas. A felicidade não é resultado da riqueza, mas da paz de espírito. As pessoas mais felizes não são aquelas que mais têm, nem aquelas que participam dos banquetes mais requintados, mas aquelas que celebram o amor, a amizade e o afeto, apesar da pobreza. Precisamos investir mais em pessoas do que em coisas. Precisamos valorizar mais relacionamentos do que conforto. Precisamos dar mais atenção aos sentimentos que nutrimentos no coração do que ao alimento que colocamos no estômago. A tranquilidade é um banquete mais saboroso do que a mesa farta de carnes. A paz de espírito não é apenas um componente da festa, mas é a melhor festa. É melhor ter paz no coração do que dinheiro no bolso. É melhor ter tranquilidade na alma do que carnes nobres no estômago.
Fica meridianamente claro que o problema não é ter dinheiro, mas o dinheiro nos ter. O problema não é ter dinheiro no bolso, mas tê-lo entronizado no coração. O problema não é ter dinheiro como servo, mas tê-lo como patrão. A riqueza não é pecado nem a pobreza virtude. A raiz de todos os males não é o dinheiro, mas o amor ao dinheiro. A vida de um homem não consiste na abundância de bens que ele possui. Há pobres ricos e ricos pobres. Os que querem ficar ricos caem em grande tentação e cilada e atormentam sua alma com muitos flagelos. Mas o contentamento com a piedade é grande fonte de lucro.