“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa” (Hb 10.36)
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No Egito, quando Faraó mandou que os meninos judeus fossem mortos, Joquebede e Anrão esconderam Moisés durante três meses. Certamente, clamaram ao Senhor por uma saída, mas, ao final desse tempo, nada mudou. As ameaças continuavam reais. O que fazer? Colocaram o filho no rio, com todo cuidado. Não o jogaram. Não desistiram da vida. Seria o fim para Moisés? Aos olhos humanos, parecia que sim, mas o rio era o caminho do palácio. Pouco tempo depois, o bebê voltou para casa e a mãe passou a receber salário para cuidar dele. Aquele foi um maravilhoso exemplo de restituição.
No tempo de Ester, os judeus foram condenados por motivo fútil, pela vaidade de Hamã. A condenação foi assinada pelo rei Assuero e não podia ser revogada. Portanto, a morte era certa. Parecia o fim, mas, apesar do cenário desolador, Ester buscou ao Senhor e falou com o rei. Um novo decreto foi emitido dando aos judeus o direito de se defenderem. Houve então um grande livramento. O dia de tristeza transformou-se em festa.
Marta e Maria eram amigas de Jesus, mas, quando seu irmão Lázaro adoeceu, o Mestre não foi visitá-lo. Lázaro morreu e Jesus não chegou para o sepultamento. Parecia o fim. É possível que elas tenham ficado decepcionadas com Jesus. Depois de quatro dias, Ele chegou, muito atrasado, diriam alguns, mas seu propósito era maior do que todas as expectativas. Lázaro ressuscitou e todos glorificaram a Deus.
O próprio Jesus é o nosso maior exemplo de esperança. Seus ensinamentos e milagres o colocaram em evidência. Ele poderia ter tido uma carreira de sucesso como rabino ou até mesmo como rei de Israel, mas os fatos tomaram outro rumo.
Jesus foi perseguido, mas não reagiu.
Sendo preso, não fugiu.
Condenado, não se livrou.
Crucificado, não desceu da cruz.
Enfim, o Mestre morreu.
Aquele parecia o seu fim, mas Jesus ressuscitou, subiu ao céu e, em breve, voltará em glória.
Quando tudo parece acabado, Deus pode nos garantir um recomeço.
Temos necessidades, expectativas, desejos e imaginamos um prazo para as nossas realizações, mas Deus tem o seu tempo e o seu modo. Nem sempre o Senhor age como gostaríamos. Pode ser que nem tudo dê certo agora, mas o evangelho nos anuncia a vida eterna na presença do Pai, em que nada dará errado. Depois do fim, o milagre é maior. Sempre há esperança para quem crê em Deus.
Quando acabar a pista, voaremos.