sábado, 14 de janeiro de 2012

PR adere ao governo oficialmente



Elpídio Júnior/Nominuto
Em 2002, quando deixou de lado boa parte dos seus negócios para abraçar uma carreira política, o deputado federal João Maia só tinha um propósito: ser o sucessor de Wilma de Faria.

Para alcançar o objetivo, ele montou um partido [PR], virou secretário de estado [Desenvolvimento Econômico] e elegeu-se deputado federal por dois mandatos consecutivos.

Economista experiente e empresário tarimbado, não demorou muito para João Maia ser uma das referências econômicas do Estado e promessa para cargos majoritários.

Tudo parecia caminhar bem, mas os sucessivos escândalos no DNIT [ Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes], sob seu comando político no Rio Grande do Norte, e as denúncias envolvendo a cúpula do PR no Ministério dos Transportes adiaram a concretização do sonho majoritário.

Há quem diga que João Maia inviabilizou-se para disputas de governo e do Senado. Não é bem assim. O caminho ficou mais tortuoso, é verdade. Mas inviável, não.

Pragmático, João Maia mudou a estratégia e aderiu ao governo do DEM no Rio Grande do Norte para terraplenar novas estradas que lhe possibilitem manter o sonho de governar o Estado.

Fala-se muito que a aliança com o Democratas, em curso, deve-se ao interesse de João Maia na vaga de vice de Rosalba Ciarlini numa eventual chapa de reeleição, já que Robinson Faria foi defenestrado.

João quer ser o Iberê de Rosalba, vice do segundo mandato e candidato natural do grupo governista à reeleição. É bem provável. O primo José Agripino Maia parece dar aval ao plano do líder do PR. Mas um prócer do DEM me dizia esta semana que acordo político tem tempo de validade. De curto prazo.

O novo projeto de João Maia depende das acomodações políticas nas eleições municipais deste ano e dos fatos oriundos do Ministério Público Federal e dos órgãos de fiscalização da União.

O PR embarca oficialmente no governo com a nomeação do advogado Fábio Hollanda, dirigente do partido em Natal, para o cargo de Secretário de Estado da Justiça e Cidadania. Outros espaços virão, certamente.

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