Rosalba Ciarlini diz que nunca conversou com Fafá Rosado sobre renúncia da prefeita de Mossoró
O encontro ocorreu na noite de quarta-feira com a presença do secretário-chefe de gabinete Gustavo Rosado, do deputado Leonardo Nogueira e do controlador-geral do município Noguchi Rosado. O ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado também esteve presente ao encontro tratado de forma sigilosa.
O teor da conversa não foi questionado na entrevista concedida no dia seguinte, mas a possibilidade de renúncia não foi descartada pela governadora, que se limitou a dizer apenas que nunca tratou do assunto com a prefeita. "Isso nunca foi conversado. Nunca foi colocado. Ruth é a vice-prefeita e tem vários serviços prestados a Mossoró e em função disso se levanta essa questão", destacou.
Esta é a primeira vez que a governadora é questionada sobre o assunto e não desconversa. Até então ela nem ao menos tinha negado que houvesse o pedido para que a prefeita renunciasse para permitir que a vice-prefeita Ruth Ciarlini tenha condições de disputar a reeleição.
Sobre a definição do candidato a prefeito de Mossoró pelo lado governista, Rosalba disse que ainda não tem uma definição nem está próxima disso. Ela evitou citar nomes, mas disse que no momento certo o anúncio será feito. "Temos vários candidatos do nosso partido em Mossoró. Há um sentimento de união sem nenhuma dificuldade de convivência. Teremos um candidato para ganhar a aliança. Vamos ouvir o povo para escolher o candidato", afirmou. NATAL
A governadora também comentou acerca das eleições em Natal. Na capital ela evitou sinalizar em favor de um nome. "Ainda não tem definições. Em Natal, seria muito bom que o partido tivesse candidato, mas se não tiver, vamos avaliar quem será o candidato entre os partidos da base", avaliou.
IMPOPULARIDADE
Sobre a impopularidade que marcou o primeiro ano de mandato, Rosalba Ciarlini disse encará-la com naturalidade: "Claro que me preocupa. Bom ter uma avaliação positiva de 80%, mas eu sabia que esse seria um ano de desgaste por conta de medidas que teriam que ser tomadas. Estava preparada para isso. Quando assumi a Prefeitura de Mossoró, encontrei uma situação semelhante e na hora que as obras começarem a aperecer a situação muda".
Já quando foi questionada a respeito das comparações com a prefeita Micarla de Sousa, ela disse que não há como encontrar semelhanças entre as duas. "A prefeita está terminando, e eu começado. E ele é prefeita. As minhas ações são de Governo do Estado. Estamos iniciando o ano com muitas coisas boas. O elefante vai andar e dar um grande voo para o futuro", garantiu.
Rosalba garante reprocidade a membros do PSD
A governadora Rosalba Ciarlini admitiu a possibilidade de apoiar candidatos a prefeito que sejam filiados ao PSD. No entanto, ela disse que o senador José Agripino, presidente nacional do DEM, tem razão na cruzada contra o partido.
Apesar disso, a governadora afirma que precisará cumprir compromissos com quem lhe deu sustentação política nas eleições de 2010. "A líder tem a sua posição, mas cada situação é uma situação. Em nível local, cada cidade tem uma realidade. Nós temos a prioridade que nosso partido tenha candidato ou que seja do arco de alianças que me fez governadora. Tudo será analisado com muita clareza. Vai ter situações em que não poderei voltar atrás", acrescentou.
A respeito do comportamento que adotará durante o período eleitoral, Rosalba garantiu que agirá dentro dos limites da lei. "Quando chegar o período eleitoral, eu vou participar do jeito que deve ser: sem o envolvimento da administração", declarou.
ROBINSON
A governadora voltou a garantir que, se for necessário, repassará o cargo ao vice-governador Robinson Faria (PSD), com quem rompeu por ele ter fundado no Rio Grande do Norte o PSD. "A gente tem que saber separar as coisas. Ele está num partido que faz oposição ao nosso partido. O prefeito Kassab criou esse partido dele tirando muita gente do nosso partido. Administrativamente ele é o vice-governador. Se eu precisar viajar e tiver que repassar o governo, repassarei", concluiu.
Governadora projeta ano difícil em 2012, mas garante avanços em relação ao ano passado
Durante a entrevista, a governadora Rosalba Ciarlini também falou sobre questões administrativas. Ela projetou um ano de 2012 ainda difícil, mas com avanços em relação ao ano passado. "Em 2012, não será como eu gostaria, mas será ainda melhor. Apesar dessas dificuldades, conseguimos fazer crescer parte da arrecadação e pagar algumas dessas pendências", destacou.
A governadora declarou que ao longo do ano se dedicou a um processo de saneamento das contas públicas que permitiu ao Estado receber recursos do Banco Mundial. "O Governo do Estado estava sem crédito no Tesouro Nacional. Nós pedimos para que fosse analisado de janeiro a outubro o que foi feito e o secretário do Tesouro Nacional me disse pessoalmente que as coisas mudaram em dez meses. Saímos de um negativo de 800 milhões para um positivo, levando em conta só o ano, de 500 milhões", relatou.
Sobre o empréstimo, Rosalba disse que o processo de liberação dos recursos é longo e só deve começar no final do ano. "Nós não ficamos parados. Fizemos projetos, planejamos, buscamos recursos como os 540 milhões de dólares do Banco Mundial. No final de 2012 para 2013 teremos a primeira parcela. A carta-convite foi aprovada, o Tesouro Nacional aprovou e mais à frente vamos conseguir aprovar isso lá no Senado", garantiu.
A governadora disse ainda que a gestão dele será marcada em 2012 pela geração de emprego e renda. "Precisamos gerar cada vez mais gerar emprego e renda, aproveitando os potenciais do nosso Estado. Estamos acenando para um novo polo industrial, em Goianinha. A empresa que vier para o Rio Grande do Norte terá todo o incentivo", concluiu.



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