No dia 30 de dezembro de 2010, o Blog do Carlos Santos fazia um alerta. Era uma das primeiras vozes a apontar distorções no programa de inspeção veicular ambiental do Estado, que seria executado pelo Consórcio Instar.
O título da postagem era mais do que claro, revelando a voracidade desse grupo, mas sem imaginar que algo de muito mais torpe estava por trás do negócio, conforme apuração do Ministério Público (veja postagens mais abaixo).
“Rio Grande do Norte tem inspeção veicular mais cara do que SP” – dizia a postagem.Veja clicando AQUI, a matéria na íntegra.
A inspeção começaria a ser feita no dia 10 de janeiro, já dentro do Governo Rosalba Ciarlini (DEM). Mas pressionada a partir de mobilização na Internet (redes sociais como Twitter e blogs), que puxou a mídia convencional, o governo decidiu suspender o serviço por 45 dias.
Os promotores de Justiça do Patrimônio, Consumidor, Cidadania e Meio Ambiente expediram uma recomendação à governadora Rosalba Ciarlini, ao Idema, Detran e ao Consórcio Inspar pedindo a suspensão da inspeção veicular.
A partir daí, uma série de acontecimentos e investigações desaguaram na “Operação Sinal Fechado”.
Ficou claro, vendo o caso a partir do seu nascedouro, que a “mamada” terminou desmanchada em face da voracidade dos seus autores. A cobrança exagerada pela inspeção revoltou a opinião pública, que provocou o Estado e o MP, órgão fiscalizador da lei e dos interesses da sociedade.
Porém o enredo não está completo. Os bastidores fervem. O escândalo mexe com os mais diversos segmentos da elite política do Rio Grande do Norte, suprapartidariamente. Ninguém está interessado em atirar “pedra” no outro.
Se o MP aprofundar apuração, pode chegar ao subsolo do pântano em que se transformou, há tempos, a política do RN. Uma missão extremamente difícil, pois passa a surgir – informalmente – um consórcio de silêncio e em nome da impunidade.
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