Mossoró é o ponto nevrálgico da campanha ao Governo do Estado do candidato da Coligação União pela Mudança, Henrique Alves (PMDB).
Já fora no primeiro turno.
Será novamente no segundo turno.
No primeiro, derrota acachapante.
No segundo, tende a ser até maior se não conseguirem estancar a “sangria”. Uma vitória é perto de impossível. Impossível, não. Perto do impossível.
Pode pelo menos tentar diminuir a diferença, conquistando parte dos indecisos ou aqueles que simplesmente anularam voto ou se ausentaram do pleito.
No primeiro turno, maioria de 23.392 (25,57%) para Robinson Faria (PSD) da Liderados pelo Povo.
Uma conspiração de fatores convergiu para esse resultado.
Governo do Estado (Mossoró)O rosalbismo em parte considerável votou no que considera um “mal menor”: Robinson. Ou nulo/branco.
Robinson Faria (PSD) – 52.886 (57,82%) – Maioria - 23.392 (25,57%)
Henrique Alves (PMDB) – 29.494 (32,25%)
Robério Paulino (PSOL) – 7.084 (7,75%)
Simone Dutra (PSTU) – 1.175 (1,28%)
Araken Farias (PSL) – 823 (090%)
Eleitorado – 160.013 eleitores
Válidos – 91.462 (64,18%)
Abstenções – 17.500 (10,94%)
Brancos – 14.633 (10,27%)
Nulos – 36.406 (25,55%)
A campanha de Robinson imperou praticamente sozinha, sob as ordens do prefeito Francisco José Júnior (PSD).
A campanha de Henrique foi marcada pela
ausência de comando central e fracionamento de forças, além de vaidade e
litigância entre seus principais apoios – Fafá Rosado (PMDB), Cláudia
Regina (DEM) e Sandra Rosado (PSB) -, que tangiam outras prioridades.
Os recursos também foram escassos.
Chegou ao final catando centavos e cada um no seu quadrado, se lixando
para a chapa majoritária, que quase não teve campanha a maior parte do
tempo
Bote nessa conta, ainda, o alheamento da própria cidade à disputa. Os
números são reveladores da fragilidade das lideranças locais, que não
conseguiram atrair o eleitor à participação no voto.De um eleitorado de 160.013 pessoas, foram computados apenas 91.462 (64,18%) como válidos.
Multidão
Os brancos, nulos e abstenções atingiram 46,75% dos votos.
A multidão de votos anulados impressiona, com 36.406 (25,55%). É quase o número obtido por Henrique (29.494 votos).
Enfim, Mossoró não é um “país” à parte. O nítido protesto que foi pulverizado Brasil afora também desembarcou no município e nas urnas. O maior estrago na disputa majoritário no município foi mesmo para Henrique.
Contudo seus principais apoios locais não ficaram atrás. Exceção para Larissa Rosado (PSB), candidata à reeleição à Assembleia Legislativa, mas que apesar de votação expressiva (24.585 votos) não somou fora para se reeleger.
Como mudar ou atenuar isso no segundo turno?
O candidato, seu marketing e coordenação de campanha terão muito trabalho.
Talvez encontrem a resposta. Ou não.
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