quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

### - Mossoró precisa de um gestor A Prefeitura de Mossoró promete concluir o pagamento salarial de dezembro nesta quinta-feira, 14. A parcela dos servidores que ganham até R$ 3 mil recebeu no dia 7. O funcionalismo público municipal não experimentava atraso de salário desde 1996, último ano da terceira administração do prefeito Dix-huit Rosado. Duas décadas depois, o caos. O prefeito Silveira Júnior (PSD) transfere a responsabilidade para a crise na economia nacional. A crise existe, é fato. No entanto, uma Prefeitura como a de Mossoró poderia perfeitamente atravessar a crise sem consequências tão danosas ao quadro de servidores e à cidade como um todo. Bastaria apenas o bom gerenciamento das contas públicas. Gastar menos do que arrecada é uma lição básica de administração. A gestão municipal fez o inverso. Aumentou despesas na medida em que a receita perdia substância. A conta não bateria nunca, como de fato não bateu; daí, as consequências. Estima-se, segundo o vereador Francisco Carlos (PV), que o “rombo” na Prefeitura se aproxima da casa dos R$ 100 milhões, distribuídos em dívidas com fornecedores, prestadores de serviços terceirizados (coleta de lixo, locação de veículos, mão de obra etc.), folha de pessoal e tantos outros. O vereador realça que o último levantamento da dívida com a Previ-Mossoró apontou para mais de R$ 40 milhões, na época que o prefeito negociou dívidas atuais e renegociou parcelamentos que estavam atrasados desde 2014. Por consequência, a cidade não anda. Serviços básicos, como saúde, educação e social, estão comprometidos, conforme reclamações que estouram todos os dias da voz rouca de pessoas humildes que dependem dos serviços públicos. Falar em obra é proibido. Mossoró não tem uma obra estruturante em andamento ou licitada. O cidadão está sofrido e reage a sua maneira. Pesquisa Ciesp/Blog César Santos, publicada no dia 31 de dezembro último, revelou que a gestão Silveira é reprovada por 86,6% dos mossoroenses; índice altíssimo que reflete o desapontamento da população. Pior é que o cenário não deve mudar, uma vez que o desequilíbrio das contas públicas chegou a ponto impossível de resolver em curto prazo de tempo. A operação financeira usando os royalties de petróleo, que o prefeito espera para dar uma resposta logo, é insuficiente diante do buraco no cofre. Não há remédio em curto prazo para o doente em fase quase terminal. Mossoró vai precisar de tempo e, principalmente, de gestor capaz de reconstruir as suas estruturas, a partir dos alicerces do Palácio da Resistência. - ###

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