Preso e inelegível, Lula é um presidenciável de gogó. Sua candidatura só existe nos movimentos de garganta do PT. Ainda assim, Kim Kataguiri e Rubens Nunes, membros do MBL, acharam que seria uma boa ideia pedir ao TSE que sepultasse desde logo a hipotética pretensão de Lula. De plantão na Corte Eleitoral, a ministra Rosa Weber decidiu o óbvio: não há como barrar o que ainda não existe.
Em despacho, Rosa escreveu: “A possibilidade de arguição preventiva e apriorística de inelegibilidade do requerido [Lula], ainda sequer escolhido em convenção partidária, e cujo registro de candidatura presidencial nem mesmo constituiu objeto de pedido deduzido por agremiação partidária […] em absoluto encontra ampara no ordenamento jurídico pátrio.”Mal comparando, os rapazes do MBL defendiam em sua petição que o TSE aprisionasse uma candidatura de vento, que o PT tenta manter estocada pelo menos até o prazo limite de registro na Justiça Eleitoral: 15 de agosto. E Rosa Weber esclareceu que a sandice não é a melhor forma de combater uma maluquice.
Enquanto o petismo estiver armazenando vento, não há o que fazer. Quando o partido realizar sua convenção nacional e solicitar formalmente ao TSE um pedido de registro do seu candidato ficha-suja, aí sim, será o momento de interromper a ventania.
A iniciativa do MBL revelou-se um tiro no pé. Os rapazes ajudaram a manter nas manchetes a candidatura cenográfica que gostariam de combater. A defesa de Lula adorou.
Abre parêntese: em outubro de 2015, ainda na condição de presidente, Dilma Rousseff virou piada ao sugerir, em discurso na ONU, que seria de grande utilidade o desenvolvimento de uma tecnologia para “estocar o vento.” A cena pode ser revista no . Fecha parêntese.
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