segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Garibaldi teme enfraquecimento da aliança que elegeu Rosalba Ciarlini em 2010

Fabiano Souza

Raul Pereira
Garibaldi Filho diz que eleições vão refletir na manutenção da aliança do PMDB com o DEM
Durante entrevista a Rádio Cabugi do Seridó no final de semana em Currais Novos, o ministro da previdência, Garibaldi Filho (PMDB), demonstrou preocupação com a forma que vem sendo conduzido o processo sucessório de 2012, e seus reflexos em 2014. Segundo ele, o palanque construído em 2010 para as eleições que culminaram com os sucessos eleitorais de Rosalba Ciarlini para o governo e de José Agripino e o próprio Garibaldi Filho para o senado federal pode está comprometido.

Garibaldi demonstrou ter consciência que nem em todos os municípios, a aliança DEM e PMDB, poderá ser reeditada em 2014. Na avaliação de Garibaldi, já a partir de Natal haverá distanciamento dos dois partidos nas eleições de 7 de outubro próximo. "Nós vamos ter palanques, aqui, acolá diferentes. Isso não significa que nós possamos ter a reedição dessa aliança em 2014, mas certamente vai provocar distanciamento", explicou.

Para o ministro, a preocupação é que mesmo a eleição municipal passando, a reunificação da aliança não possa ocorrer. "Nós esperamos que ela não desestruture essa nossa aliança, mas em alguns municípios nós vamos ter que enfrentar esse problema da divisão de nossas forças, de nossos partidos", explicou.

Ainda na entrevista que concedeu à Cabugi do Seridó, o ministro Garibaldi Filho confirmou que o PMDB terá mais de 120 candidatos a prefeito nas eleições deste ano. E a intenção, de acordo com Garibaldi é de fazer alianças onde não tiver condições de apresentar candidato a prefeito. "O PMDB vai dar prioridade absoluta aos seus candidatos próprios. Nós vamos ter seguramente, mais de 120 candidatos próprios, e em outros municípios faremos aliança. Na verdade, aqui, acolá nós teremos e principalmente eu, que fui o nome para o qual convergiu muitas forças políticas e tive muitos votos, e terminei como o mais votado no pleito de 2010, vou ter que examinar o quadro nitidamente e ver qual a posição a tomar. A princípio a posição é a que, onde tiver PMDB, e onde tiver candidato do PMDB, nós estaremos lá para apoiar, os nossos candidatos ao lado do deputado Henrique Eduardo e de tanto companheiros na Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais", disse Garibaldi.

Natal aparece como principal ponto de divergência entre PMDB e DEM

Em Natal, por exemplo mesmo reconhecendo que a situação nas pesquisas ainda não é boa para seu companheiro de partido, deputado estadual Hermano Morais, o ministro Garibaldi confirmou que no primeiro turno, o PMDB apoiará Hermano. "Nós vamos trabalhar, vamos apoiar, vamos levar a nossa mensagem, porque temos um candidato graças a Deus limpo, graças a Deus um candidato operoso, um deputado atuante que é Hermano Morais.

Quanto ao segundo turno, só diante do resultado do primeiro. Acredito que Hermano, apesar de não estar bem situado até agora nas pesquisas, mas, a partida ainda não começou, se nós quisermos referendar para o campo futebolístico, como não começou vamos aguardar os acontecimento", finalizou.

Na semana passada Garibaldi já havia deixado claro que não iria mais conversar com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), sobre ela apoiar Hermano Moares, deixando evidente que em Natal os dois partidos devem seguir por caminhos diferentes.

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