No questionário, o contratante e a contratada decidiram inserir a avaliação de prefeitos de 50 municípios e a intenção de votos em Mossoró, como forma de “pegar” carona na missão principal. Só que os números de Mossoró acabaram roubando a cena, saindo de posição secundária para personagem principal da pesquisa.
Observe que a frágil performance popular da gestão Robinson Faria não ganhou destaque e pouco foi comentada até pelos analistas de plantão. Ganhou destaque mesmo a desaprovação da gestão do prefeito Silveira Júnior (PSD), em quase 80%, e a intenção de votos para sucessão municipal mossoroense.
Os números vêm ocupando a pauta do dia por toda a semana e sendo repercutidos em todos os quadrantes do segundo maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte. Repercussão além da conta, é verdade. Mas, compreensível, por simples justificativa: a cidade, que reconhecidamente respira política, estava sem novidade na área, quase parando, esperando que alguma coisa acontecesse.
A pesquisa foi o fato novo que mexeu com os personagens nela envolvidos e até o mais simples do cidadão. Daí, as múltiplas reações, que vão desde análises frias, corretas ou não, outras revoltadas, e até chiliques, fricotes e tricoteios nas redes sociais.
Guerra de nervos à parte, o fato é que a pesquisa mostrou apenas o retrato do momento, respondendo o que o contratante e a contratada propuseram ao eleitor entrevistado. O que a sondagem disse, todos já sabem. Ponto. E o que a sondagem não disse, deve ser revelado em outras pesquisas que certamente serão realizadas.
Por exemplo: no próximo trabalho, o nome da ex-prefeita Fafá Rosado (ainda no PMDB) deve ser inserido. Ela deseja disputar a sucessão 2016 e está se movimentando nesse sentido.
A lista de pré-candidatos também tem que ter um nome do PT, no caso o vice-prefeito Luiz Carlos Mendonça Martins, que está trabalhando feito formiguinha nos bairros da cidade.
O ex-reitor Josivan Barbosa, que ainda é filiado ao PT, também deve ser avaliado. Ele é o nome do prefeito Silveira Júnior, que não pode ser candidato por ter sido reeleito nas suplementares de 2014, segundo a Justiça Eleitoral.
Portanto, daqui a pouco a pesquisa do momento ficará velha e uma nova pesquisa surgirá. As únicas coisas que não serão alteradas são os chiliques, fricotes e tricoteios.
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