sábado, 11 de abril de 2015

### - A soberania de Deus - ###

sexta-feira
 
 
*** - O Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer. [Daniel 4.32]. - ***

É difícil imaginar a instabilidade que os exilados sentiram durante o exílio na Babilônia. Jerusalém, o centro estável de sua vida nacional, estava bem longe, em ruínas. Eles eram estrangeiros derrotados e humilhados. A “Terra Magnífica”, como Daniel a chamava (11.41), que Deus havia prometido dar a eles, tinha sido despovoada e estava agora ocupada e cultivada por forasteiros.
Durante os seiscentos e poucos anos de existência, os pequenos reinos de Israel e de Judá foram espremidos pelos poderosos impérios do norte (Assíria e Babilônia) e do sul (Egito). Repetidas vezes seu território sagrado foi invadido e devastado por tropas estrangeiras. Os fundamentos de sua fé foram solapados. Onde estava Deus? A resposta do livro de Daniel é que, apesar das aparências muitas vezes demonstrarem o contrário, o Deus Altíssimo é soberano sobre todos os reinos humanos.
Foi essa a mensagem do sonho de Nabucodonosor no capítulo 2. A enorme estátua que ele viu tinha uma cabeça de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze, as pernas de ferro, e os pés em parte de ferro e em parte de barro. Estas diferentes partes simbolizavam sucessivos impérios, que Daniel não identificou especificamente, mas têm sido tradicionalmente interpretados como Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia (que “governará toda a terra” [2.39]) e Roma. De repente, uma pedra soltou-se por si só atingindo a estátua, que se despedaçou, e a pedra tornou-se uma enorme montanha que encheu a terra. Esse é o reino de Deus, que “jamais será destruído” (v. 44). Assim, o violento cenário dos reinos em conflito continua por todo o livro, e culmina com o surgimento do bode, que reconhecemos como Alexandre, o Grande, atacando do ocidente (8.5-8). Ele é sucedido pelos reis do norte e do sul, a saber, as dinastias dos selêucidas e dos ptolomeus do capítulo 11.
Os salmos declaram que “o Senhor reina” (veja Sl 97, 99), e o livro de Daniel é uma ilustração vívida desta declaração de fé.

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