quinta-feira, 25 de maio de 2017

Não há outro caminho A Igreja Católica assumiu posição diante da profunda crise política pela qual vive o país: “Não há condições éticas de permanência do presidente Michel Temer no cargo”, após a revelação de detalhes de seu encontro com o empresário Joesley Batista, do grupo JBS. A posição foi externada pelo secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner. Ele também avalia que o país não superaria o atual “momento de tensão” com uma eventual candidatura do ex-presidente Lula (PT), devido “à resistência de uma parcela da sociedade à pessoa dele”, dadas as contínuas notícias de que estaria implicado na Lava Jato. A Igreja acredita que todo brasileiro honesto e minimamente politizado acha que: 1 – Temer deveria ter denunciado o dono da JBS quando, no encontro que os dois tiveram no Palácio do Jaburu, Joesley lhe disse que havia corrompido autoridades para ser favorecido em investigações sobre sua empresa. Se não o fez, cometeu crime de responsabilidade ou de prevaricação, com agravante de ser o presidente da República. 2 – Lula não tem condições de voltar a ser presidente por ter o corpo e alma mergulhados no lamaçal da corrupção, réu em cinco processos por crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes, além de ser apontado pelo coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, como “maestro de uma grande orquestra concatenada para saquear os cofres públicos.” Esses dois pontos são relevantes na medida em que concentram o sentimento da grande maioria dos brasileiros, o universo que realmente deseja e sonha com um país melhor. A turma de Temer não pode continuar; a turma de Lula não pode voltar. Uma coisa, ou outra, é estacionar o país no mar de lamas porque eles continuariam fazendo a coisa de que mais gostam e sabem fazer: rapinar o dinheiro público. E qual a saída? Talvez, e provavelmente, não existe a fórmula de resultado imediato. A política, enraizada em instituição criminosa, manterá as suas ramificações por algum tempo. Longo ou não. Mas, é preciso dar o primeiro passo. E é o cidadão que tem essa obrigação. O voto, a sua arma. Qualificar a escolha do seu representante, sem levar em conta se ele vai ganhar ou não as eleições, é o primeiro aprendizado. Fazendo isso, estará se livrando de falsos ídolos, de ideologias fajutas, de ladrões de sonhos, de assaltantes da opinião pública. Chega de Lula, de Aécio, de Temer, de Renan, de Dilma, de Serra, de Dirceu e de seus companheiros. Saia dessa torcida, jogue essa bandeira fora, desça a arquibancada e reassuma o seu direito de construir um novo Brasil, e isso só acontecerá com a consciência do voto. Não há outro caminho.

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