quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A política do RN, com ou sem rompimento
 A reunião das lideranças políticas que compõem a base aliada do governo Rosalba Ciarlini (DEM), que teve início na noite de segunda-feira, 25, e entrou pela madrugada de ontem, oferece uma leitura simples, porém, importante no contexto político-administrativo do Rio Grande do Norte: não houve rompimento do PMDB com o governo do DEM.
Por consequência, imediata, a oposição teve que guardar os fogos e retardar as comemorações.
A oposição torcia e torce pelo rompimento, por entender que o PMDB será o fiel da balança na disputa eleitoral de 2014. Com razão, reconheça-se. A importância do partido dos Alves, que vive seu melhor momento no cenário nacional com Henrique (presidente da Câmara dos Deputados) e Garibaldi Filho (ministro da Previdência), remete a essa conclusão de forma crua.
Isso não significa dizer, porém, que o palanque com o PMDB será vitorioso de qualquer jeito. Existem outras variáveis tão importantes quanto.
O que se deve extrair do encontro de Brasília é que a decisão da base aliada, de reunificar o discurso e reordenar o governo como forma de permitir a participação de todos, terá papel imprescindível para fortalecer a gestão Rosalba Ciarlini e, por gravidade, encaminhar seu futuro político. As duas coisas devem caminhar de mãos dadas. São dependentes uma da outra.
O governo precisa realizar as grandes obras; tirar do papel projetos importantes. É imprescindível.
Contará, para isso, com os recursos previstos no Programa RN Sustentável, em torno de R$ 1,1 bilhão, que permitirão ampla parceria com os municípios, principalmente na área de recursos hídricos; de outro financiamento com valor próximo a meio bilhão de reais e das grandes obras que estão em andamento, como a Arena Dunas (estádio da Copa 2014), a adutora do Alto Oeste, as obras de mobilidade urbana, entre tantas outras espalhadas por todas regiões.
Isso ocorrendo, o projeto político estará fortalecido, devidamente respaldado pela base aliada, inclusive, o PMDB. É a lógica. Mas, não a garantia. Daí, o suspiro da oposição, que aposta em outra frente para “rachar” a base de sustentação política do governo estadual: Os interesses nacionais da presidente Dilma Rousseff, o que sugere o distancimento dos partidos que compõem a sua base aliada do DEM.
No entanto, não é aconselhável acreditar que os interesses de Brasília se sobreponham à realidade dos estados. Esse entrelaçamento de partidos, aliados aqui e adversários lá, é circunstância presente em todos os estados da federação.
Então, é aguardar e pagar para ver.

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