O Complexo Viário Abolição vence a política menor
O Complexo Viário Abolição é um projeto grandioso. E, certamente,
vai proporcionar um salto em qualidade no processo de desenvolvimento
econômico de Mossoró e região.São 17 quilômetros de estrada, a BR-304, atravessando Mossoró do conjunto Redenção, na entrada para quem vem de Fortaleza (CE), zona oeste, até o Liberdade II, saída para Natal, zona leste. Pista duplicada, com canteiro central e quatro viadutos nas entradas dos conjuntos Santa Delmira, Abolição I e II, saídas para o município de Apodi (região Oeste) e Natal (capital do Estado).
A partir da conclusão da obra gigantesca, provavelmente em 2014, a circulação de veículos na rodovia federal estará organizada e humanizada, melhorando de forma decisiva o escoamento da produção local e regional.
Observe que a área é ponto de passagem de veículos de cargas juntando três estados: Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba, permitindo a saída para o resto do País.
Esse relato técnico, por si só, confirma a importância do Complexo Viário Abolição. No entanto, é preciso que a população tenha a exata noção de sua grandeza, como forma de reconhecer o esforço de gestores públicos para que o projeto saísse do papel.
Não foi fácil, diga-se.
O processo enfrentou dificuldades, principalmente de ordem política. Pelo fato de o projeto ter sido elaborado e concebido na gestão da ex-prefeita Fafá Rosado (DEM), grupo adversário com mandato em Brasília e fincado na base aliada do Governo Federal, trabalhou contra como forma de emperrar a sua execução.
Daí, a lentidão que atravessou alguns anos – a passos de tartaruga – até que o PAC da presidente Dilma Rousseff (PT) entendeu que a rodovia federal é muito mais importante do que as picuinhas paroquianas.
Nos últimos dois anos, a obra ganhou ritmo. Os 17 quilômetros de estrada estão quase prontos; a ponte sobre o rio Apodi-Mossoró em fase de conclusão; os viadutos ganham forma e começa a construção dos outros dois viadutos entre o Santa Delmira/Avenida Rio Branco e Abolição I/Abolição II.
Pois bem.
O Complexo Viário Abolição sai ileso dos ataques da política menor e caminha para a sua consolidação. Mas, infelizmente, é uma exceção nesse enredo odioso e dispensável da política potiguar.
Outros grandes projetos ficaram para trás porque a nossa classe política não teve a capacidade de deixar de lado o sentimento menor para somar forças em benefício de Mossoró e do Rio Grande do Norte.
É incrível como os políticos potiguares, com rara exceção, têm dificuldade de descer do palanque.
Nenhum comentário:
Postar um comentário