O PMDB só vai se não houver risco
O senador-ministro Garibaldi Alves Filho disse que “o PMDB tem hoje condições de disputar qualquer eleição.”É verdade.
O PMDB está forte, no Brasil e no Rio Grande do Norte. Tem seis ministérios do governo Dilma do PT e conduz duas secretárias do governo Rosalba do DEM, além – claro – de ter o todo-poderoso da Câmara dos Deputados, presidente Henrique Alves, e o todo-poderoso do Senado Federal, presidente Renan Calheiros. Lá e cá, faz pressão por mais espaços.
Filme assistido há poucos dias.
Em Brasília (DF), impôs a reforma ministerial, fazendo que a presidente mudasse o comando de pastas importantes para lhe atender, além de definir antecipadamente a permanência do vice-presidente peemedebista Michel Temer na chapa presidencial para 2014.
No Rio Grande do Norte, levou a termo a minirreforma do governo Rosalba, mexendo com secretarias como Saúde, Recursos Hídricos e Agricultura, além de estabelecer novo modelo de diálogo com o governo – tipo “ou vai ou racha”.
Portanto, o PMDB é forte e pronto; daí, o partido, se assim desejar, tem musculatura para disputar qualquer eleição, como bem disse Garibaldi.
No entanto, porém, todavia, mas… uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Para o português simples: disputar eleição e vencer são outros quinhentos. E, como o PMDB dos Alves não é tolo – nem passa perto disso –, disputa só numa boa, principalmente quando se tratar de eleição majoritária.
A história impôs alguns ensinamentos aos Alves.
Um deles, em 2002, quando o ministro Aluízio Alves tentou levar a termo o sonho de ter o filho Henrique governador, cargo que ele exerceu e preparou para o herdeiro. Henrique queria, mas, por ansiedade, embarcou numa eventual candidatura a vice-presidência da República, sendo abatido pela arma cruel da ex-mulher Mônica Azambuja.
De volta para o torrão potiguar, viu a então aliada Wilma de Faria (PSB) lhe passar a perna, com ajuda do primo Carlos Eduardo (PDT), hoje prefeito de Natal, e teve que se contentar em correr atrás da reeleição de deputado, por pouco não alcançada.
Outro ensinamento, em 2006, pegou Garibaldi de surpresa. Visto, pelos peemedebistas, como governador de férias (tinha mais de 60% da intenção de votos), foi à luta para derrotar a então governadora Wilma e acabou diminuído o seu currículo com duas derrotas em menos de 30 dias (primeiro e segundo turnos).
Pois bem…
2014 não é 2006 nem 2002, tempos passados, no entanto a margem de risco ficou mais valorizada, não permitindo aventuras eleitorais. E o que significa dizer? Que os Alves só vão numa boa. Se 2014 oferecer segurança, sim. Caso contrário, não. É assim os Alves só vão cheio, a prova é que estão encurralando Rosalba querendo tirar seu governo antes do tempo, só que o maior extrategista politico é quem conduz a rosa do RN. Que vai dá a volta por cima e fazer o RN. Acontecer...
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