Patrícia Leite
Nova eleição leva Cláudia Regina a trabalhar nome próprio
Secretária de Desenvolvimento Social é um nome de alta confiança de prefeita cassada dez vezes
Anote esse nome: Patrícia Leite.
Assistente social e Secretária do
Desenvolvimento Social da Prefeitura de Mossoró, originária do movimento
estudantil de esquerda na Universidade do Estado do RN (UERN), ainda
nos primórdios dos anos 90, ela é um nome guardado pela prefeita cassada
– dez vezes – Cláudia Regina (DEM), para substitui-la adiante.
Seria sua opção pessoal, hoje, em caso de uma eleição suplementar que parece iminente e que está sendo apenas adiada.
O cabo-de-guerra político na Justiça
Eleitoral, principalmente no Tribunal Regional Eleitoral (TRE),
claramente passou a ser uma chicana (abuso de recursos, sutilezas e
formalidades da justiça com finalidade de adiar decisão), que mais dia
ou menos dia chegará ao fim.
O tempo “ganho” pode ser o suficiente
para Cláudia construir meios para inflar sua escolha e destinar a ela
uma transfusão de força e influência catalisadora da massa – pelo viés
emocional.
O viés de vítima, que fique claro.
Patrícia não é rosalbista, rosadista ou assemelhados. É fiel escudeira de Cláudia.
Faz parte do fechadíssimo círculo de
amigos e confidentes da prefeita, que se esforça para fazer um grupo
político dissociado da liderança de Rosalba Ciarlini (DEM) e Carlos
Augusto Rosado (DEM).
DEM dividido
A secretária fez-se pela competência e fidelidade, não pelo servilismo de joelhos ou compadrio dependente.
Cláudia sabe que sendo expurgada da vida
pública por oito anos, só sobreviverá politicamente na “terra dos
Rosado”, se continuar viva politicamente com alguém que seja sua
extensão. Patrícia seria sua mais viva esperança, diante do ocaso.
Se prevalecer a vontade do casal
Carlos-Rosalba, Cláudia será devolvida à coxia ou à infantaria do grupo,
nunca mais ao pedestal de protagonista da política mossoroense, onde
chegou pelo próprio esforço e sem o estímulo dos líderes. Escapou ao
controle.
Driblou o ostracismo e não aceitou papel secundário, postos que sempre são destinados a quem serve o sistema oligárquico.
Dividido em Mossoró, o DEM não é só
Cláudia. Está em duas bandas e com defecções de peso, como da
ex-prefeita Fafá Rosado (DEM), que foi cooptada pelo PMDB do presidente
da Câmara Federal – Henrique Alves.
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Em caso de eleição suplementar, é pouco provável que reine harmonia para montagem de chapa.
Se foi delicada e tensa a ascensão de
Cláudia no ano passado, a contragosto de Carlos e Rosalba, não será
diferente numa nova chance eleitoral para o casal impor sua vontade. Há
muito mais do que uma prefeitura em disputa.
Patrícia é o nome de Cláudia. Cláudia nunca foi o de Rosalba e do marido Carlos.
Esse é o ponto de partida para compreensão desse intrincado jogo de poder, nos intramuros do Palácio da Resistência.
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