Campanha 2014
Vale tudo e qualquer coisa no fim de um ciclo
Como este Blog
assinalou ainda no distante 2010, aquele ano marcava praticamente o fim
de uma era. Era o adeus ao ciclo da polarização, do verde contra o
encarnado, do “Bacurau contra o “Bicudo”.
Alves e Maia juntaram-se, numa
composição química equivalente a “água e óleo”, que na verdade começara
em 2006. Fora o primeiro ato.
Voltávamos aos primórdios do atraso político, com a exumação das candidaturas avulsas, do cada um por si e Deus por todos.
E, 2014, ratifica o que escrevemos, sem
qualquer poder premonitório, mas simples capacidade de observação e
estudo da conjuntura e história.
As forças tradicionais que dominam a arena política do Rio Grande do Norte – desde a segunda metade do século passado – passam por atribulações. Até elas procuram um norte, uma bússola.Estão sem discurso, têm pouco a apresentar e enorme débito com a sociedade. E, o mais engraçado: todos pregam “mudanças”, “alternativa” e o “novo”. Ninguém assume a fatura do elefantinho que padece de maior zelo e competência.
O Rio Grande do Norte virou uma
abarrotada Arca de Noé. Enquanto o dilúvio toma conta de tudo lá fora,
num fenômeno que não é divinal, mas resultado dos desacertos dessa mesma
elite política, faz-se qualquer negócio do convés aos porões dessa nau.
O importante é lançar âncora em porto seguro.
Os grupos que sobreviveram durante
décadas, baseados num radicalismo laboratorial e, em certos casos, sob
intrigas e inimizades de verdade, se ajoelham à conversão do
bom-mocismo. Prevalece a liturgia dos conchavos e arrumações sem
fronteiras.
Vale tudo e qualquer coisa. O feio e catastrófico é mesmo perder.
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