Servidores realizam parada de advertência e cobram repostas à campanha salarial
No dia 29 de maio, os servidores estaduais da saúde terão uma nova paralisação, no Dia Nacional de Lutas, e uma assembleia geral, com indicativo de greve. De acordo com o sindicato, eles reivindicam reajuste salarial de 27%.
O Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (SINDSAÚDE-RN) promoveu paralisação de advertência ontem, 21, unificada com os servidores da saúde de Natal. Após uma passeata pela Avenida Rio Branco e um ato na Prefeitura, ocupada pelos guardas municipais, os servidores fizeram um protesto nas galerias da Assembleia Legislativa, pela retirada do PLC da Previdência Complementar. No dia 29 de maio, os servidores estaduais terão uma nova paralisação, no Dia Nacional de Lutas, e uma assembleia geral, com indicativo de greve.
Na programação de ontem, ainda estava agendada, uma audiência do Sindicato dos Servidores em Saúde do RN terá com a secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, e os secretários estaduais de Planejamento, Gustavo Nogueira, e da Saúde, Ricardo Lagreca. O encontro foi definido, para discutir a pauta de reivindicações dos servidores estaduais e municipalizados, enviada ao governo em abril.
Os servidores da Saúde têm uma assembleia marcada para o dia 29 de maio, com indicativo de greve. De acordo com o sindicato, eles reivindicam reajuste salarial de 27%, conforme cálculo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), referente a perdas dos últimos anos e ganho real, e isonomia aos aposentados e servidores municipalizados, que estão há quatro anos sem reajuste e acumulam perdas de 61%. Entre os pontos exigidos estão ainda a implantação imediata das mudanças de nível vencidas desde 2012, a tabela de qualificação, um novo concurso público para combater a sobrecarga nos locais de trabalho e a garantia de abastecimento de materiais e medicamentos nos hospitais.
Os servidores pedem ainda o fim dos saques ao Fundo Previdenciário e a retirada do Projeto de Lei Complementar que propõe a criação de uma Previdência Complementar e a redução do percentual de contribuição do estado. O PLC foi enviado no dia 30 e está em análise nas comissões da Assembleia Legislativa.
Ainda segundo o Sindsaúde-RN, os servidores lamentam a ausência do governador na audiência e suas recentes declarações, de que não há condições para reajuste ao funcionalismo.“Nós passamos muitos anos escutando justificativas do governo anterior e amargando perdas. O discurso é sempre o mesmo. Nossa categoria está em crise, adoecendo, trabalhando por dois e com o salário totalmente comprometido com empréstimos. Não dá pra esperar mais pela valorização profissional”, afirma Rosália Fernandes, do Sindsaúde-RN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário