Ações de Lula levam à vitrine a ficha suja de Lula
A sabedoria popular ensina: quem tem calos não deve se meter em apertos. Com a inelegibilidade latejando, Lula pediu ao Supremo que abrisse sua cela, para que ele pudesse mergulhar na campanha.
O feitiço acabou enfeitiçado no plenário da Suprema Corte, que cogitava não só manter Lula na tranca como carimbar sua ficha suja. Espremido, Lula solicitou ao Supremo que esqueça sua petição.
Na véspera, com receio de violar regras do TSE, Lula fora obrigado a colocar seu poste na rua. Com dez dias de antecedência, converteu Fernando Haddad em número dois de sua chapa, acomodando Manuela D’Ávila no banco de reserva.
Lula promoveu o strip-tease de sua suposta candidatura em apenas dois movimentos. Num, reconheceu a indigência jurídica do seu plano ao fugir do supremo veredicto sobre sua inelegibilidade. Noutro, deu à luz a chapa Haddad—Manuela.
Com tanta desenvoltura, Lula acabou transportando sua ficha suja do fundo da loja do PT para a vitrine. Foi como se o estrategista do bunker carcerário desejasse criar um novo brocardo: nunca deixe para amanhã o que você pode deixar hoje.
O PT mantém a intenção de registrar a candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral na data-limite: 15 de agosto. Mas Lula, desde logo, vai se despindo da condição de candidato para assumir novamente o papel de levantador de postes.
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