sábado, 29 de dezembro de 2012

O histórico negativo da segurança pública do RN
O  deputado Walter Alves (PMDB) disparou críticas ao sistema de segurança pública do Estado. Com razão. Essa é a área que mais afeta a vida das pessoas. O cidadão está amedrontado com a escalada da violência – da capital ao interior, principalmente com o registro diário de homicídios.
Basta observar o noticiário “sangrento” das editorias de polícia.
Agora, também é verdade que esse problema se arrasta há pelo menos duas décadas, desafiando governos e governantes.
A história recente registra que os grupos organizados se instalaram no Rio Grande do Norte no período em que o Estado era governado pelo hoje senador-ministro Garibaldi Alves Filho (PMDB), pai do deputado Waltinho. Foi entre 1995 e 2002 que o RN permitiu que o crime organizado fincasse alicerce nas curvas tortuosas do “elefante”.
Nada, ou quase nada, foi feito de forma concreta, afora a aquisição de armas, coletes a prova de bala e veículos. Foi o governo Garibaldi, inclusive, que instituiu – quase lei – a carreata de viaturas da Polícia para apresentar à população as novas aquisições. Enquanto isso, multiplicavam-se os assaltos a bancos, agências dos Correios e cidadão comum.
Trafegar pelas rodovias estaduais era tarefa arriscada, ou quase a certeza de ser assaltado. Linhas de transportes interestaduais foram interrompidas pelas empresas, que não suportavam mais perder para os bandidos.
O quadro se agravou nos anos seguintes, já na gestão de Wilma de Faria (PSB), que repetiu a fórmula de Garibaldi, jogando para a plateia sem atacar o problema.
Faça-se justiça, porém, ao ex-governador Fernando Freire, que em seis meses de mandato “tampão” colocou muito bandido para correr, embora se reconheça que foi uma ação de momento para potencializar a sua candidatura à reeleição.
Pois bem…
Esse histórico, negativo, não pode nem deve tirar a responsabilidade do atual governo. Pelo contrário. Faz-se necessária e urgente uma política eficaz de combate ao crime. É preciso observar que o nível de violência se agravou ainda mais com a chegada do presídio federal em Mossoró.
Então, pouco resultará o investimento em equipamentos e veículos ou mesmo a ampliação do contingente policial, se não existir uma estratégia de enfrentamento aos grupos organizados.  A Polícia investigativa tem que funcionar, pois é a partir do setor de inteligência que o Estado reunirá condições de ganhar essa guerra, do contrário o cidadão de bem continuará exposto à ação marginal, nas mãos dos bandidos.
A segurança é um direito de todos e dever do Estado.

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