Onde eu estava há 14 anos, no momento dos ataques terroristas de 11 de Setembro?
Lembro bem.
Como comum, em Mossoró. Como comum, manhã de sol.
A TV no quarto parecia uma geladeira. À época eu ainda conservava o hábito de manter um equipamento desse no quarto – permanentemente ligado.
Deparei-me com aquela cena de difícil compreensão: um edifício enorme, sob chamas.
As informações eram desencontradas e era difícil para mim, que acordava de uma noitada regida à Wyborowa, entender aquela imagem.
A princípio, pensei aturdido: é um filme.
Mas depois outro avião se choca contra novo edifício. Mais chamas. Não era um filme.
A partir daí, a cobertura jornalística planetária passa a dissipar a ideia de acidente. Trabalhava-se com a certeza de um atentado terrorista.
A América imperial estava abalada. Mais do que nunca passou a ser um Estado policialesco, sempre sob o temor de mais atentados.
As chamadas “Torres Gêmeas”, o “World Trade Center”, desabaram e redefiniram – para pior – as relações entre Estados Unidos e o restante do mundo moderno.
Mesmo assim, parece que quase ninguém parou para refletir sobre o papel das grandes potências e da convivência do homem com o homem na Terra.
O surgimento do Estado Islâmico, guerras infindáveis, o populismo de ditadores sob o manto de supostas democracias e a migração de levas de refugiados africanos/árabes para a Europa, nos devolvem à barbárie. Se é que um dia nos livramos dela.
A guerra não é entre União Soviética e Estados Unidos, comunismo e capitalismo. Ocidente e Oriente, também não.
A grande batalha de hoje é a de sempre: o homem conseguir se enxergar como um só.

Nenhum comentário:
Postar um comentário