sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Reflexão

Meu 11 de Setembro, um dia que não acabou

Onde eu estava há 14 anos, no momento dos ataques terroristas de 11 de Setembro?
Lembro bem.
Como comum, em Mossoró. Como comum, manhã de sol.
A TV no quarto parecia uma geladeira. À época eu ainda conservava o hábito de manter um equipamento desse no quarto – permanentemente ligado.
Deparei-me com aquela cena de difícil compreensão: um edifício enorme, sob chamas.
As informações eram desencontradas e era difícil para mim, que acordava de uma noitada regida à Wyborowa, entender aquela imagem.
A princípio, pensei aturdido: é um filme.
Mas depois outro avião se choca contra novo edifício. Mais chamas. Não era um filme.
Segundo avião mergulha na direção da segunda torre: não era um filme (Foto: reprodução da Web)
A partir daí, a cobertura jornalística planetária passa a dissipar a ideia de acidente. Trabalhava-se com a certeza de um atentado terrorista.
A América imperial estava abalada. Mais do que nunca passou a ser um Estado policialesco, sempre sob o temor de mais atentados.
As chamadas “Torres Gêmeas”, o “World Trade Center”, desabaram e redefiniram – para pior – as relações entre Estados Unidos e o restante do mundo moderno.
Mesmo assim, parece que quase ninguém parou para refletir sobre o papel das grandes potências e da convivência do homem com o homem na Terra.
O surgimento do Estado Islâmico, guerras infindáveis, o populismo de ditadores sob o manto de supostas democracias e a migração de levas de refugiados africanos/árabes para a Europa, nos devolvem à barbárie. Se é que um dia nos livramos dela.
A guerra não é entre União Soviética e Estados Unidos, comunismo e capitalismo. Ocidente e Oriente, também não.
A grande batalha de hoje é a de sempre: o homem conseguir se enxergar como um só.

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