sábado, 5 de março de 2016
### - Todo cidadão é igual perante a lei De pronto, deve ser dito: a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para depor à Polícia Federal, está amparada nos pilares da lei, que serve para qualquer cidadão brasileiro. Antes dele, muitos outros fizeram o mesmo caminho e pelos mesmos motivos. Lula é investigado como suposto beneficiário do esquema criminoso que dilapidou a Petrobras. O Ministério Público Federal (MPF) identificou vultosas quantias repassadas a Lula por empreiteiras que subtraíram bilhões de reais da estatal brasileira e que foram descobertas pela Operação Lava Jato. Só o instituto que leva o nome do ex-presidente espalmou R$ 30 milhões. No primeiro ano da Lava Jato o próprio petista lucrou R$ 5,67 milhões com “palestras”, volume impressionante para a atividade, que estimula a desconfiança do mais cético dos cidadãos . A relação de generosidade entre Lula e as empreiteiras, fartamente revelada pela imprensa livre, chamou a atenção e levou o juiz Sérgio Moro a autorizar a condução coercitiva, além, claro, do calhamaço de documentos que colocam o líder petista em situação embaraçosa. Deve ser dito que, para evitar constrangimento maior, o juiz recomendou a não algemar Lula nem filmar a operação, práticas comuns nas operações da PF. Portanto, a operação batizada de “Aletheia”, expressão grega que significa “busca da verdade”, nada mais fez do que cumprir os ditames da lei. O outro lado é a dimensão que o caso tem por duas vertentes de simples entendimento: 1 – Lula ainda é um mito e a maior liderança político-populista do país; 2 – A luta pelo poder estabelece a “zona de guerra” a partir da possível queda do mito. Por consequência, os palanques e discursos estratégicos de governo e oposição, alguns com a decência que o debate sugere, outros com a indecência do próprio perfil e currículo. O PT esbravejar que o partido e Lula são vítimas de “golpe das elites” faz parte da estratégia de defesa no ambiente político e democrático. Classificar a ação das instituições públicas do País de “política, midiática e policialesca” é indecente e nada traduz em benefício próprio. A oposição faz a sua parte de potencializar os erros do governo adversário, principalmente sob o ponto de vista moral e ético, para traduzir o sentimento popular, a fim de conquistar o apoio que precisa para a mudança de poder. O fato é que a 24ª fase da Lava Jato deixa ensinamento aos políticos e à sociedade: a condução coercitiva de Lula descortina a imagem de um ser inimputável e estabelece, em definitivo, que todo cidadão é igual perante a lei. Inclusive, Luiz Inácio Lula da Silva. - ###
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