sexta-feira, 20 de maio de 2016
Novos tempos Quem ainda acha que a impunidade campeia como até o passado recente, é melhor rever esse conceito. Mais do que isso, está na hora de hipotecar confiança nas instituições sérias e livres deste País. Não há mais espaços para a impunidade, nem ambiente para elementos corruptos na vida pública brasileira. Se a incredulidade persiste, observe os números alentadores da Operação Lava Jato, noticiados pela VEJA: “A soma das condenações de acusados na Operação Lava Jato ultrapassou os 1.000 anos. Até aqui, 74 investigados foram sentenciados a um total de 1.133 anos e um mês de reclusão. A maior pena foi aplicada ao ex-ministro José Dirceu (Casa Civil no governo Lula). Ele pegou 23 anos e 3 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. No âmbito das investigações de desvios na Petrobras já foram fechados 57 acordos, dos quais 52 de colaboração premiada, cinco de leniência e um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A força-tarefa da Lava Jato já ofereceu, na primeira instância, acusação contra 207 investigados – entre executivos, funcionários ou sócios de empreiteiras, intermediários, operadores ou doleiros, ex-dirigentes da Petrobras e políticos – em 42 denúncias desde o início da operação, em março de 2014. Até esta terça-feira (17), segundo a Procuradoria da República, 111 acusados haviam sido condenados em 18 processos, somando um total de 990 anos e 7 meses de condenações. Deste total de sentenciados, 93 foram condenados (83,78%), quatro absolvidos (3,6%) a pedido do próprio Ministério Público Federal e três réus absolvidos sem interposição de recurso (2,7%). Outros nove foram absolvidos e tiveram recursos interpostos (8,1%) e mais duas absolvições com a interposição de recursos já foram transitadas em julgado (1,8%). Com a sentença do juiz Moro, naquarta-feira (18), que impôs 23 anos e 3 meses a Dirceu e outras pesadas sanções a réus ligados ao ex-ministro, as condenações passaram do marco de 1.000 anos. Dirceu recebeu a maior pena da Lava Jato. A segunda maior agora é do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que recebeu 20 anos e 8 meses, em outra ação cuja sentença é de setembro de 2015.” Ainda acha que a impunidade campeia? Se acha, pois saiba que a operação Lava Jato ainda vai produzir muita coisa positiva, colocar mais bacanas atrás das grades, inclusive, personagens de alto coturno da política brasileira, e não deixará nenhuma sujeira debaixo do tapete. Os tempos são outros. As algemas, também.
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