Lava Jato: delator complica situação do ex-ministro Henrique Alves
A Folha de S. Paulo estampa o ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro Henrique Alves (PMDB) na edição desta quarta-feira (5). E o coloca no noticiário da Operação Lava Jato.
Reportagem assinada pelo jornalista Walter Nunes diz que o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Cunha Reis afirmou, em seu acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato, que doou R$ 2 milhões em caixa dois para a campanha do pemedebista ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.
Henrique Alves, como todos sabem, não conseguiu se eleger, perdendo a disputa para o atual governador Robinson Faria (PSD).
O pedido de contribuição foi feito, segundo o delator, numa reunião de que ele participou juntamente com Alves e o então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso em Curitiba pela Operação Lava Jato.
O encontro, segundo a delação, aconteceu no dia 6 de setembro de 2014 no gabinete de Cunha, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
A doação em caixa dois teria sido paga em dinheiro vivo e viabilizada por meio do setor de operações estruturadas da Odebrecht, classificado pelos investigadores da Lava Jato como departamento de propinas da empresa.
Alves foi ministro do Turismo do governo Dilma Rousseff entre abril de 2015 e março de 2016. Saiu do cargo ao apoiar o impeachment da presidente.
Voltou à pasta em 12 de maio de 2016, com a chegada de Michel Temer ao Palácio do Planalto.
O advogado de Henrique Alves, Marcelo Leal, nega que seu cliente tenha recebido doação ilegal ou por meio de caixa dois.
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