Só Rindo (Folclore Político)
É tudo ou nada
O nacionalismo está na ordem do dia. O
civismo está baseado no amor incondicional à pátria e na defesa de sua
soberania. Estamos no final dos anos 60 em Areia Branca.
O desfile cívico do 7 de Setembro segue
com as calçadas abarrotadas de gente. Dezenas de crianças e adolescentes
marcham com fervor, compenetradas, sob o olhar atento de autoridades,
familiares e os mais diversos segmentos sociais.
O ápice do desfile está definido. Um
jovem à frente de outros estudantes se postará diante do palanque
oficial e, com braço erguido, empunhando uma suposta espada, bradará o
grito do Ypiranga:
- Independência ou morte!!
Tudo certo. Tudo certo, vírgula.
Na hora da encenação, o garoto se emociona com o papel de Dom Pedro I. Dá um “branco”.
Diante de olhares estupefatos e a
angústia de seus instrutores, ele finalmente desabafa o grito da
independência, à moda areia-branquense:
- É tudo ou nada!
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