terça-feira, 11 de dezembro de 2012

tudo é possível na politica...

‘Plano B’ de Dilma e o futuro do PT
 A presidente Dilma Rousseff tem um “plano B” para as eleições de 2014: voltar para o seu partido de origem, o PDT. Ela se livraria do desgaste do PT, por conta dos sucessivos escândalos envolvendo expoentes da sigla, e evitaria “bater chapa” com o ex-presidente Lula, que parece cada vez mais ambicioso em voltar ao Poder Central.
A alternativa de regresso ao partido de Leonel Brizola foi noticiada pelo bem informado Cláudio Humberto. Leia o que o jornalista escreveu:
“Irritada com a interferência de ‘lulistas’ em seu governo, com a falta de solidariedade de muitos deles e com o desgaste provocado pelas denúncias de ‘malfeitos’ que não lhe pertencem, a presidenta Dilma já segredou a interlocutores próximos que no futuro pode considerar seu retorno ao PDT como uma espécie de ‘plano B’. Seu ex-marido e amigo Carlos Araújo já voltou ao partido de Leonel Brizola, ídolo dele e da ex-mulher. Num gesto de assepsia política, Dilma fez de Brizola Neto ministro do Trabalho para ajudá-lo a destituir o presidente da sigla, Carlos Lupi. A pedido de Brizola Neto, Dilma apoia o deputado João Dado (SP) para líder do PDT, contra o atual, André Figueiredo (CE), ligado a Lupi. O Planalto cancelou a liberação de todas as emendas parlamentares do PDT, inclusive as já empenhadas. A ordem agora é negociar.”
São evidências.
Pois bem…
Não é fácil para a mandatária maior do País trocar de partido, sob o ponto de vista moral e ético, principalmente no momento em que as instituições lutam para fortalecer a fidelidade partidária. No entanto, essa possibilidade não pode – nem deve – ser descartada.
Há certeza de que o PT não está com ela 100%, na medida em que a sigla é declaradamente controlada pelo ex-presidente Lula. E ele, que carrega a síndrome do poder, alimenta o desejo de voltar a disputar a Presidência da República em 2014, mesmo consciente que o direito natural é da companheira Dilma.
Nos bastidores do poder, o confronto existe. Há uma linha de raciocínio de petistas tradicionais que desconfia que os escândalos envolvendo cardeais do PT são fabricados dentro do próprio governo, como forma de se livrar da parcela lulista que ainda ocupa espaços estratégicos da máquina.
A operação “Porto Seguro”, por (mau) exemplo, derrubou o poder da Rose, que foi deixado por Lula no governo. Documentos e depoimentos importantes foram garimpados no seio do governo. Repetiu outras operações que já derrubaram quase uma dezena de ministros e secretários da cota de Lula.
É fato.
Isso, porém, não significa que Dilma está digladiando com Lula. A criatura ainda sorri para o criador.

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