quinta-feira, 4 de julho de 2013

*** AGRIPINO O SENADOR DO POVO.***

Agripino: insistir na tese do plebiscito é perversidade com dinheiro público

Em aparte ao senador Pedro Taques (PDT-MT) nesta quarta-feira (3), o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), disse que insistir na tese do plebiscito é uma perversidade com o povo brasileiro por, entre outros motivos, gastar dinheiro público “impunemente”.
“O plebiscito, iniciativa proposta pela presidente da República de forma cavilosa, pode custar R$ 500 milhões. Para que o resultado possa valer em 2014, as regras da reforma política têm de ser aprovadas até outubro. E não há tempo hábil para a realização da consulta! O produto gasto para esse plebiscito seria inócuo, jogado na lata do lixo. O próprio Tribunal Superior Eleitoral já mostrou que, na tramitação normal, não há tempo”, afirmou.
O parlamentar ressaltou que a oposição é a favor da consulta popular, porém por meio de um referendo. Ou seja, primeiro o Congresso Nacional decide sobre a reforma política e depois a população diz se aprova ou não a decisão da Casa. Até porque, lembrou o senador, ministros do Supremo Tribunal Federal são unânimes ao afirmarem que essa é uma prerrogativa do Congresso. “Somos totalmente favoráveis a uma consulta popular em que o povo possa opinar com conhecimento de causa”, defendeu Agripino.
Segundo o senador, somente depois dos debates no Congresso, levando-se em consideração os apelos da sociedade, ela estará apta para votar pontos hoje não conhecidos com profundidade pelo povo, como financiamento público de campanha, voto distrital, voto em lista, entre outros. “Todos os partidos vão fazer seus discursos, explicando suas posições em relação a esses temas. A partir daí, faremos com que nosso debate chegue às pessoas utilizando os meios de comunicação para que os brasileiros estejam preparados para opinar”, explicou.
O senador lembrou que a oposição luta há anos no Congresso para votar a reforma política, mas a base governista sempre interrompeu a tramitação da matéria. “Agora o governo está comprometido em fazer a reforma, então, vamos fazê-la com consciência e responsabilidade”, ressaltou o senador. “Depois de um texto refletido, discutido com a sociedade, com a Ordem dos Advogados do Brasil e muitas outras instituições, estaremos prontos para votar a reforma política no país”.

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