quarta-feira, 6 de agosto de 2014

*** - Atraso. - ***

Renovação impossível numa política para pimpolhos


A renovação política no Rio Grande do Norte é puramente familiar.
Fica engraçado ver líderes de grupos, clãs e partidos defendendo ingresso de jovens na política.
Pra quê?
Para servir a seus filhos?
Ah, claro! Mas todos têm o mesmo discurso em defesa dos seus bichinhos: “O menino é vocacionado”.
Sei.
Normal que filho siga o pai na atividade profissional-produtiva. É resultado de inspiração, espelho e até DNA.
Porém na maioria dos casos, não é o que ocorre na política. Poucos são os que se sobressaem e possuem luz própria. Temos essas raridades.
Boa parte dos pimpolhos sequer tem profissão e já sobrevive desde pichototinho com sinecuras.
Diferente do competitivo mundo lá fora. Estabelece-se quem tem competência e não sobrenome, poder econômico e força política.
Veja o futebol. Quantos craques podem lançar seus filhos como herdeiros da bola?
Exemplo mais notório de fracasso na continuidade é Zico, ex-jogador do Flamengo. Apesar da boa origem e influência, sua prole não vingou. Bem que tentou.
Um deles ficou “só no sapatinho”, como cantor-compositor de pagode. Chuteiras não encaixaram.
Com a política é diferente. Azar nosso. Praticamente todos calçam 40 e adoram “bola”.

Nenhum comentário: