*** - Matar, crucificar e chicotear. - ***
Jesus não enganou os seus discípulos. Por mais de uma vez, ele deixou bem claro que, por causa do evangelho, eles seriam perseguidos.
As três últimas bem-aventuranças do Sermão do Monte têm relação com a perseguição. Uma delas diz: “Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia contra vocês por serem meus seguidores”. A perseguição seria algo tão comum que Jesus se viu forçado a dar algumas orientações: amem os inimigos, orem pelos perseguidores (Mt 5.44) e fujam para outra cidade (Mt 10.23). Ele se dirigiu também aos perseguidores: “Vocês vão matar alguns, crucificar outros, chicotear ainda outros nas sinagogas e persegui-los de cidade em cidade. Por isso Deus castigará vocês pela morte de todas as pessoas inocentes” (Mt 23.34-35).
Era uma questão inteligível: “Se as pessoas do mundo me perseguiram, também perseguirão vocês” (Jo 15.20).
Tudo estava indo muito bem em Tessalônica. Mas as muitas conversões despertaram a inveja dos judeus e eles organizaram um grupo de desordeiros entre os malandros de rua. “Estes fizeram muita confusão na cidade e atacaram a casa de Jasão”, onde estavam hospedados Paulo e Silas (17.5). Torceram a verdade, dizendo que os missionários estavam anunciando “outro rei, chamado Jesus”, pondo em risco a estabilidade do imperador romano. Por questão de segurança, os recém-convertidos de Tessalônica “logo que anoiteceu enviaram Paulo e Silas para a cidade de Bereia” (17.10).
Esta não foi a primeira perseguição movida contra Paulo. Coisa parecida já havia acontecido em Damasco, Antioquia da Psídia, Icônio, Listra e Filipos. E voltaria a acontecer.
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