domingo, 12 de agosto de 2018

Rio Grande do Norte tem oito cadeiras na Câmara dos Deputados
CORRIDA À CÂMARA CARIMBADA
Nas eleições de 2014, a bancada federal do Rio Grande do Norte sofreu mudança profunda. Dos oito deputados federais, apenas dois renovaram mandatos: Fábio Faria (PSD), filho do governador Robinson Faria (PSD), e Felipe Maia, filho do senador José Agripino Maia (DEM).
A mudança, porém, foi provocada, em grande parte, porque cinco parlamentares não tentaram a reeleição:
Henrique Alves (então PMDB) foi candidato a governador, derrotado por Robinson Faria;
João Maia (PR) foi o candidato a vice-governador na chapa de Henrique Alves; Fátima Bezerra (PT) saiu para se eleger senadora da República; Betinho Rosado (PP) não disputou as eleições porque teve contas reprovadas da época em que foi secretário de Educação no primeiro governo Wilma de Faria.
Paulo Wagner chegou a registrar candidatura, mas não fez campanha e acabou se aposentando na Câmara dos Deputados.
Dessa forma, a única que lutou para se reeleger foi Sandra Rosado (PSB, hoje PSDB), mas acabou na segunda suplência de sua coligação.
A renovação na Câmara, promovida pelas urnas de 2014, na realidade, produziu apenas substituições em considerável parcela. Veja a lista dos seis novatos eleitos:
Walter Alves (MDB) substituiu o primo Henrique Alves;
Zenaide Maia (PR, hoje PHS) entrou na vaga do irmão João Maia; Beto Rosado (PP) substituiu o pai Betinho Rosado.
Os outros eleitos foram: Rafael Motta (Pros, hoje PSB), com a força do pai deputado e então presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta; Rogério Marinho (PSDB), em via alternativa; e Antônio Jácome (PMN, hoje Podemos), com a força do segmento evangélico.
O que aconteceu em 2014 pode se repetir em 2016?
Pouco provável. As nominatas para a Câmara dos Deputados sugerem que os grandes grupos elegerão seus representantes e com forte possibilidade de renovar mandatos da maioria.
Na coligação de 12 partidos em torno do governador Robinson Faria, três deputados federais têm chances de renovação de mandato: Fábio Faria, Rogério Marinho e Rafael Dantas, além do ex-deputado João Maia, que substituirá a irmã Zenaide Maia, que sairá candidata ao Senado.
Na coligação de seis partidos em torno do candidato a governador Carlos Eduardo (PDT), os atuais deputados Walter Alves e Beto Rosado são favoritos, ao lado de José Agripino, que ficará com a vaga do filho Felipe Maia.
O placar de 4 a 3 entre essas duas coligações é o cenário provável, com a última vaga destinada ao PT, que tem dois candidatos disputando a cadeira: Fernando Mineiro e Natália Bonavides.
Essa é a tendência, porém sem descartar alguma alteração, como uma chapa alternativa eleger um deputado federal, mesmo não alcançando o quociente eleitoral, o que será permitido a partir das eleições gerais deste ano.

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