sábado, 2 de fevereiro de 2013

DP LIVRO DO PROFETA DANIEL...

1. Havia um homem chamado Joaquim, que habitava em Babilônia.
2. Tinha desposado uma mulher chamada Suzana, filha de Helcias, de grande beleza, e piedosa,
3. porque havia sido educada segundo a lei de Moisés por pais honestos.
4. Joaquim era sumamente rico. Junto à sua casa havia um pomar. Os judeus reuniam-se freqüentemente em casa dele, porque gozava de uma particular consideração entre seus compatriotas.
5. Haviam sido nomeados juízes, naquele ano, dois anciãos do povo, aos quais se aplicava bem a palavra do Senhor: A iniqüidade surgiu, em Babilônia, de anciãos juízes que passavam por dirigentes do povo.
6. Esses dois personagens freqüentavam a casa de Joaquim, aonde vinham consultá-los todos aqueles que tinham litígio.
7. Lá pelo meio-dia, quando toda essa gente tinha ido embora, Suzana vinha passear no jardim de seu marido.
8. Os dois anciãos viam-na portanto todos os dias durante seu passeio, tanto que se apaixonaram por ela e,
9. perdendo a justa noção das coisas, desviaram os olhos para não ver mais o céu e não ter mais presente no espírito a verdadeira regra de comportamento.
10. Ambos foram atingidos pelo amor a Suzana, mas sem se confiarem mutuamente sua emoção.
11. Tinham vergonha de declarar um ao outro o desejo que sentiam de possuí-la.
12. Todos os dias, inquietos, procuravam avistá-la.
13. Uma vez disseram um ao outro: Vamos para casa; está na hora do almoço. Saíram cada um para seu lado.
14. Mas, havendo ambos retrocedido, encontraram-se novamente no mesmo lugar. Perguntando um ao outro qual o motivo de sua volta, confessaram-se sua concupiscência. Combinaram então um encontro onde a pudessem surpreender sozinha.
15. Enquanto calculavam qual seria o momento propício, eis que Suzana chegou como de costume, com duas empregadas, e tomou a resolução de banhar-se, pois fazia calor.
16. Lá não havia ninguém, salvo os dois anciãos escondidos, que a espreitavam.
17. Trazei-me, disse ela às duas empregadas, óleo e ungüentos, e fechai as portas do jardim, para eu me banhar.
18. O que elas fizeram por sua ordem. As portas do jardim estando fechadas, saíram pela porta do fundo para ir buscar os objetos pedidos, ignorando que os anciãos lá se achavam escondidos.
19. Apenas saíram, os dois homens precipitaram-se em direção de Suzana.
20. As portas do jardim estão fechadas, disseram-lhe, ninguém nos vê. Ardemos de amor por ti. Aceita, e entrega-te a nós.
21. Se recusares, iremos denunciar-te: diremos que havia um jovem contigo, e que foi por isso que fizeste sair tuas servas.
22. Suzana exclamou tristemente: Que angústias me envolvem por todos os lados! Consentir? Eu seria condenada à morte! Recusar? Nem assim eu escaparia de vossas mãos!
23. Não! Prefiro cair, sem culpa alguma, em vossas mãos, do que pecar contra o Senhor.
24. Suzana soltou grandes gritos, e os dois anciãos gritavam também contra ela.
25. E um deles, correndo às portas do jardim, abriu-as.
26. Com essa balbúrdia, os criados precipitaram-se pela porta do fundo para ver o que havia acontecido.
27. Os anciãos se puseram a falar, e os criados enrubesceram, pois jamais nada de semelhante fora dito de Suzana.
28. No dia seguinte, os dois anciãos, cheios de criminosas intenções contra a vida de Suzana, vieram à reunião que se realizava em casa de Joaquim, marido dela.
29. Disseram, diante da assembléia: Mandem buscar Suzana, filha de Helcias, a mulher de Joaquim! Foram-na buscar,
30. e ela chegou com seus pais, seus filhos e os membros de sua família.
31. Era delicada e bela de rosto.
32. Aqueles homens perversos exigiam que ela retirasse seu véu - pois estava velada -, a fim de poderem (pelo menos) fartar-se de sua beleza.

33. Os seus choravam, assim como seus amigos.
Leia a bíblia para honra e gloria de Jesus nosso Senhor e salvador...

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