A fé não é um cadáver desenterrado
*** - Que adianta alguém dizer que tem fé se ela não vier acompanhada de ações? (Tg 2.14). - ***### - Que coisa mais esquisita! O marido vem, mas a esposa fica; o burro vem, mas a carroça fica; o pregador vem, mas a Bíblia fica; a fé vem, mas as obras ficam! Marido e mulher são inseparáveis (uma só carne), burro e carroça são inseparáveis, pregador e Bíblia são inseparáveis, fé e obras são inseparáveis. Por que separar o que é inseparável?
Tiago pergunta: “que adianta alguém dizer que tem fé se ela não vier acompanhada de ações?” Uma sem a outra, que proveito há? Que valor? Que vantagem? Nenhuma! Nenhuma! Nenhuma! Desacompanhada de ações visíveis, a fé é um cadáver e cheirando mal, como o de Lázaro (Jo 11.39).
Jesus já havia deixado bem claro que as pessoas que o chamam de Senhor, sem fazer a vontade do Pai, se não mudarem de atitude, vão ter uma decepção enorme no dia do juízo. O próprio Senhor lhes dirá com toda franqueza: “Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal” (Mt 7.23).
Tiago não está criticando o sola fide (só pela fé) de Paulo e de Lutero. A salvação é e sempre será uma iniciativa de Deus da qual o pecador se apropria por meio da fé (Ef 2.8). Como sempre houve e sempre haverá aqueles que dispensam a si mesmo das obrigações que a fé salvadora produz ou impõe – Tiago condena aqui as chamadas consequências abusivas da graça. A fé está casada com as obras e se torna com elas um só
As tais ações ou obras que acompanham não são o instrumento da salvação. Mas mostram que a fé existe e é autêntica, e não um cadáver esticado no chão, totalmente imóvel. Tiago não está de mal com Paulo nem contra ele, mas totalmente a favor dele!
– Se for um cadáver, a fé precisa ressuscitar de entre os mortos!. - ###
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