sábado, 3 de dezembro de 2016
Assanhou o vespeiro II O confronto do presidente Jório Nogueira (PSD) e da quase totalidade dos outros 21 vereadores da Câmara Municipal de Mossoró, através de “notas explosivas”, atrai para o octógono Legislativo os promotores do Patrimônio Público. Devem se sentir provocados. Fatos e detalhes tornados público, principalmente pela nota assinada por 17 vereadores que acusa Nogueira de, no mínimo, ser relapso no trato do dinheiro público, são motivos suficientes para a abertura de investigação. Acusações gravíssimas contra o presidente: 1 – Contrato de R$ 100 mil com a empresa Bárbara Graciely da Silva Bezerra para a manutenção de máquinas de ar-condicionado, sem a prova de que o serviço foi prestado; 2 – Pagamento de férias da servidora comissionada Renata Isadora Melo da Silva, num total de R$ 11.995,20, por ela ser namorada do filho do procurador da Casa. E a maior delas: a Câmara economizou, reduzindo despesas de propaganda, verba de gabinete e aposentadorias, uma nota de R$ 3,1 milhões, enquanto Jório acusa um “rombo” de R$ 1,085 milhão. Distorção gritante que obriga uma investigação profunda e urgente para equacionar a matemática suspeita. O Ministério Público vai agir? Paralelamente, a queda-de-braço, agravada no momento, revela um relacionamento no mínimo estranho na Câmara, cujo movimento de morde e assopra dita o ritmo suspeito e suas conveniências. Veja: em abril deste ano, a maioria da Casa decidiu aprovar a abertura do processo de afastamento de Jório da presidência, sob a justificativa de falta de transparência e de prestação de contas com os gastos do duodécimo e descumprimento da Lei da Verba de Gabinete. No julgamento do processo, em plenário, os mesmos vereadores decidiram pelo arquivamento e deram o assunto por encerrado, como se nada tivesse acontecido. Jório passou de errado para certo ou soube dialogar com os caríssimos colegas de Casa? O silêncio imperioso foi sustentado pelo silêncio comprometedor de uma sociedade acomodada. E ficou o dito pelo não dito. Agora, inflamados pelo corte de 143 cargos comissionados, que atingiu os 21 gabinetes, os mesmos vereadores lançam suspeitas gravíssimas que sugerem, no mínimo, o mau uso do dinheiro público e que, certamente, sustentarão a tese de impedimento do presidente Jório Nogueira. Se tudo fosse resolvido hoje, seria o que aconteceria, porém temos um fim de semana no meio, com tempo suficiente para diálogos, conversa ao pé do ouvido e, claro, controle dos ânimos. Jório já conseguiu uma vez e tem dito, sem pedir reserva, que conhece, inquilino do Palácio Rodolfo Fernandes. Será? Os dias próximos dirão. - # # #
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