| DANIEL PEREIRA DA CUNHA. |
Depois de ouvir a voz rouca da rua, passei a matutar, sobre política e cheguei a uma humilde conclusão, é que a política é um eterno aprendizado, na sua essência, tem como objetivo o serviço, mas infelizmente na prática deixa muito a desejar, são vários motivos que fazem a política enveredar por caminhos que diferem da sua essência. Vejamos, 1º quando delegamos através do voto nossa autoridade é porque confiamos na pessoa em quem votamos, muitas vezes nos excedemos na defesa deste candidato, fechamos portas, esquecemos caminhos por confiarmos integralmente num projeto que parece indissolúvel, vem o que na maioria das vezes acontece ao chegar ao poder, o cargo sobe a cabeça, e o que primeiro falta é o sentimento de gratidão e do reconhecimento, ao longo da minha vida pública primei pelo compromisso com o povo que é na realidade ou deveria ser o motivo dos embates nas campanhas políticas memoráveis movidas, a paixão, ao desejos de vitórias, a política é na sua essência uma missão sacerdotal, em que o político eleito torna-se o Pai do povo, foi assim nos primórdios não deveria ter tido uma mudança tão radical, afinal de contas e constitucionalmente falando o homem público é um servidor da nação do estado ou do município, as mudanças ocorrem na medida em que o governante é democrático ou oprime o povo, neste momento surge do meio do povo uma liderança que derrota pela força do povo o opressor, e uma nova história será contada. Ao longo de trinta e cinco anos de vida pública vi acontecer de tudo, filosofias como, destrói primeiro os adversários e depois os correligionários se preciso for. Empunhei sempre com muita lealdade as bandeiras que defendi,r na maioria das vezes pondo em risco minha própria vida, pela causa que acreditei ser justa, é assim a política cheia de altos e baixos, de supressas amargas, que as vezes nos marcam para sempre, mesmo assim nunca por motivo nenhum mudei meus idéias, porque faço política com convicção e amor a minha terra, e digo sempre o povo de quem sou escravo se pudesse não seria escravo de ninguém. As vezes nossa alma esquece e geme na angustia fugindo da ética dando ao sentimento vazão para aliviar as decepções que colecionamos ao longo desta trajetória na vida pública. Não desprezamos a cruz mais pedimos força que vem do povo para carrega-la.
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