terça-feira, 14 de junho de 2016

# # # - CRÔNICA DE DANIEL. - # # #

# # # - Nasci neste município de Baraúna em, mil novecentos e cinquenta e cinco, (1955), me criei aqui nesta terra sem nunca ter saído para morar em outro lugar, aprendi o bastante para sobreviver entre os doutores e diploma de cursos superiores, falando assim refiro-me a política, empunhei pela primeira vez uma bandeira em 1968 na campanha do touro e do capim, Van-tan Rosado e Antonio Rodrigues de Carvalho, militei ainda muito moço na política, levado por minha mãe que teve o cuidado de me orientar fazer sempre opção pelos pobres e esquecidos da sociedade perversa e descriminatória deixando a margem dela as suas vítimas, vivi toda a minha infância de criança pobre mesmo vivendo entre os abastados, fiz-me como disse o apóstolo Paulo, entre os grandes me fiz grande, entre os pobres como sou, entre os fracos fiz me fraco também para poder ganhar o conhecimento necessário para sobre-viver entre as adversidades que a vida nos oferece, como todas as pessoas fiz a minha escolha para viver entre a sociedade que mesmo não sendo burguesa é sociedade que separa as pessoas pelos seus bens, sempre me interessei pela palavra do Santo evangelho como pela política, contrariando a muitos que vivem de plantão aguardando o momento de se colocar no lugar de Deus para fazer o julgamento que só ele pode fazer, a política no passado se confundiam, pela ligação umbilical existente entre as duas, política e religião, me lembro das memoráveis campanhas passadas onde o fogo da paixão transcendiam além da nossa capacidade de resistir as suas emoções, fomos por um bom tempo quase todo o tempo, escravos da nossa dependência da política e da religião de Mossoró, vivíamos encabrestados pela liderança dos Rosados, quando um Rosado vinha a Baraúna era feriado, tão grande era nossa dependência, surge em 1960 a figura do então deputado federal, Aluízio Alves, pregando a liberdade do povo norte-riograndense através da cruzada da esperança, o que se tornou luz para um novo caminho, seu simbolo, os galhos verdes das arvores, vestida de uma nova esperança para o rio grande do norte e Baraúna estava inserida neste processo, ouve uma verdadeira revolução entre nós famílias interligadas umas as outras, vi além do horizonte a luz do fundo do túnel que vinha em nossa direção, e veio com o advento da eleição vitoriosa de Aluízio Alves o rio grande do norte respirava liberdade por todos os poros, o então governador Aluízio Alves eleito pela gentinha que o segui com muita garra e determinação, assim se fez necessário seguirmos nesta direção até que em 1962 Baraúna foi passada a condição de Município pelo governador Aluízio Alves que teve esta ação derrubada pouco depois pela ação do deputado federal van-Rosado, foram tantas lutas no passado para hoje vivermos a triste situação que vivemos atualmente administrado por pessoas desonestas usufruindo dos bens do povo, quis começar assim resgatando parte da nossa história que pouco ou quase nada interessa ao povo de nossos dias atuais, parecem esquecer de onde veio como se não tivesse passado, escreverei páginas desta história para resgatar os nossos heróis, meus Pais, Meus avós, meus irmãos que viveram aqui construindo um futuro que agora nos serve como berço Natal das nossas vidas, as famílias que primeiro habitaram nossa terra, muitos já, jaz sob nossa terra mãe, foram tempos difíceis já passados mais somos nós frutos desta luta, desta liberdade que hoje nos traz tanta alegria, fruto das mãos calejadas dos nossos amigos que labutaram a terra que hoje chamo de terra prometida, nosso Baraúna é um oases tendo tudo que necessitamos para vivermos bem, no presente com fé no futuro sem esquecer nossas origens. Mas a luta continua, lutar é preciso. _ # # #  

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