Num instante em que todas as correntes marítimas parecem impulsionar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara, a candidatura rival de Jovair Arantes ganha, gradativamente, a aparência de um naufrágio esperando para acontecer. Para evitar o afogamento de um aliado, o Planalto jogou, por assim dizer, uma boia ministerial na direção de Jovair.
Retirando-se da disputa, Jovair não afundaria. Seria içado pelo governo ainda em fevereiro. E ganharia um refúgio quentinho na Esplanada. Em tempos de desemprego, Jovair —líder do PTB, ex-integrante da milícia parlamentar de Eduardo Cunha e relator do processo de impeachment na Câmara— seria convertido em ministro do Trabalho. Para que ele fosse acolhido, o atual titular da pasta, Ronaldo Nogueira, que também é do PTB, seria enviado para uma expedição no olho da rua.
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