Aécio e o ambiente
*Colaboraram Cynara Menezes (Brasília), Gabriel Bonis e Peiro Locatelli (São Paulo)Aécio neves saiu de Belo Horizonte rumo ao seu gabinete no Senado, em Brasília, na manhã da quarta-feira 31, antevéspera do Dia de Finados, data em que os brasileiros acendem velas aos mortos. Três dias antes, o ex-governador mineiro acompanhou de casa o enterro político de seu maior adversário no PSDB, o paulista José Serra. Embora, durante o velório, ou melhor, durante o discurso em que reconheceu a derrota na disputa pela prefeitura de São Paulo, Serra tenha se declarado “revigorado”, conta-se nos dedos quem apostaria em seu renascimento.

A vitória de Haddad tirou Serra do páreo e colocou Alckmin na defensiva. A saída está em Minas Gerais. Foto: Antonio Cruz/ABr
O mineiro acena com o retorno do protagonismo perdido pelo PSDB nas últimas eleições, em novas bases. Quem sabe por engano muitos ainda supervalorizem o fato de Serra ter chegado ao segundo turno nas presidenciais de 2010 e na disputa municipal deste ano. Ilusão. O tucano paulista foi coadjuvante em ambas as eleições, beneficiado por fatores inesperados e empurrado pela mídia e pelo sentimento antipetista. Nunca pelos eventuais méritos de sua campanha. Apesar de toda a narrativa midiática a seu favor, o ex-governador atingiu um índice recorde de rejeição em 2012, mais de 50%. À página 30, Nirlando Beirão escreve o obituário político de alguém que “prometia ser e não foi”.
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