terça-feira, 29 de julho de 2014

           *** - O verdadeiro teste. - ***

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Suponhamos que você tenha acabado de ler uma notícia sobre alguma atrocidade nojenta no jornal.
Suponha que, em seguida, alguém se volte para você, sugerindo que a história possa não ser verdadeira ou que não seja assim tão trágica quanto foi pintada. Qual seria o seu primeiro sentimento?
Será que pensaria: “Graças a Deus, nem mesmo eles conseguem ser tão maldosos assim”; ou será que ficaria desapontado, ou até mesmo determinado a acreditar mais na primeira história pelo puro prazer de imaginar os seus inimigos o mais mau possível?
Temo então que esse último caso seja o primeiro passo de um processo que, se levado às últimas conseqüências, acabará fazendo de nós verdadeiros diabos.
Veja bem, o que estaríamos começando a desejar é que a situação ruim ficasse um pouco pior ainda. Se continuarmos a alimentar esse desejo, acabaremos, mais para frente, por confundir o cinza com o preto e, em seguida, até o branco com o preto. Finalmente, acabaremos por considerar todas as coisas malignas – desde Deus, até os nossos amigos, inclusive a nós mesmos – e acabaremos nos tornando incapazes de parar de agir assim, fixando-nos para sempre em um mundo dominado por puro ódio.

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