sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Esse País não é sério
O Cunha cai ou não cai?
A novelesca que tem como enredo a luta do presidente da Câmara dos Deputados para se manter no poder, com capítulos, cenas e diálogos da pior qualidade possível, joga diariamente na cara do brasileiro a cobrança de quem não soube ou não sabe votar.
Eduardo Cunha (PMDB) está lá tramando devidamente legitimado pelo voto e amparado pela estrutura de um ambiente alicerçado pela completa falta de moral e ética.
Fosse um País sério, o último capítulo da novela já havia sido concluído, com um pé na bunda dessa espécie.
Mas, por que Cunha se mantém no terceiro cargo da sucessão presidencial, depois de tanta imundície praticada por ele e tornada público pela imprensa livre? Simples: porque se ele cair derruba a presidente da República.
Aliás, o próprio disse isso sem pedir reserva. O Planalto sabe que é verdade e teme desmoronar junto com o corrupto.
A política de Brasília desceu ao seu pior estágio, abaixo do esgoto. Inimaginável que a Presidência da República bancasse a permanência de um malfeitor na Presidência da Câmara, porque as suas digitais também não são confiáveis.
Em outras palavras, para melhor entendimento: Cunha disse a Dilma que se ele cair ela cai também. Ele e ela estão juntos e misturados nas causas e efeitos da petrorroubalheira. Cunha mais afetado, porque o seu DNA se misturou ao dinheiro sujo guardado em contas na Suíça.
Porém, o que ele sabe, e tem em mãos, coloca Dilma no mesmo patamar do “balança mas não cai”.
O pior da crise política, ética e moral é que as suas  consequências tem efeito direto na mesa dos brasileiros menos favorecidos.
Enquanto eles se lambuzam por lá, o cidadão de mãos limpas tem cada vez menos o que comer por aqui, uma vez que a desequilibrada economia reduziu o poder de compra no mercantil.
O ponto positivo, e único, é que essa novela terá seu capítulo final, mais cedo ou mais tarde, com o vilão pagando os seus pecados.
Mas, quem é o vilão?
A resposta sairá da Câmara ou da Suprema Corte Judiciária, podendo acertar Cunha ou Dilma ou os dois.
O importante, porém, não é o desfecho, mas sim o que o brasileiro fará com isso.
Se é para vender o voto por um cartão de Bolsa Família ou qualquer outra forma de corromper a sua decisão, melhor nem assistir ao capitulo final, porque, certamente, teremos outras novelas de mesmo enredo e odor, talvez nem mudando os protagonistas e os coadjuvantes.
Se pensa diferente, observe que Collor de Mello, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, e tantos outros continuam protagonizando a política brasileira.

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