quinta-feira, 2 de junho de 2016

### - SE EM BARAÚNA NÃO TIVER SALÁRIO MESMO ASSIM CONTINUO PRÉ CANDIDATO A VEREADOR AFINAL DE CONTAS JÁ SOU VEREADOR SEM MANDATO A 16 ANOS. - ### O certo está errado O reajuste salarial dos vereadores é definido a cada quatro anos. Um direito respaldado por lei. Normalmente soma-se a inflação do período e fixa-se o valor dos subsídios para a legislatura seguinte. No mesmo documento é definido o reajuste dos subsídios do prefeito e do vice-prefeito. Foi exatamente isso que fizeram os vereadores de Mossoró. Eles decidiram aplicar 32% de reajuste salarial, com validade a partir do dia 1.º de janeiro de 2017. Só não aplicaram o reajuste da remuneração de prefeito e vice-prefeito. Apesar de ser um direito constitucional, a decisão provocou reação contrária. Representantes de movimentos sociais protestaram no Palácio Rodolfo Fernandes, inclusive, com agressão aberta aos vereadores durante encontro ocorrido na manhã desta quarta-feira (1.º). Dois pontos explicam a indignação. 1 – O aumento de 32% é agressivo ao trabalhador assalariado, principalmente nesse momento de crise. Para piorar, os servidores públicos municipais receberam da Prefeitura a proposta de reajuste de apenas 6%, assim mesmo parcelada. Veja que uma diferença gigantesca separa salários e reajuste dos servidores para subsídios e aumento dos vereadores. Eles estão revoltados e prometem reação contundente. 2 – Elevar os subsídios em R$ 3 mil (de R$ 9.500,00 para R$ 12.500,00), no entendimento da sociedade, não se justifica diante da imagem desgastada do Legislativo mossoroense. Os vereadores pouco produzem e se negam a cumprir o simples dever do mandato, principalmente no que diz respeito a fiscalizar o Executivo. Logo, são sócios do desmantelo administrativo que afeta Mossoró. Daí, são vistos como “caros”, que provocam despesas desnecessárias, o que torna ainda mais antipático qualquer aumento no valor dos seus subsídios. Além de provocar o sentimento de revolta das pessoas, o aumento definido a portas fechadas abriu caminho para outra situação indigesta. É que os fiscais da fazenda do município, que têm seu teto salarial fixado no patamar da remuneração do prefeito, se armam para exigir da Câmara o aumento salarial do chefe do Executivo. A categoria teme que se isso não for feito, seus salários ficarão defasados, uma vez que eles não podem ganhar mais do que recebe o gestor municipal, mesmo somando os percentuais de produção (arrecadação de imposto). Os fiscais vão subir as escadarias do Palácio Rodolfo Fernandes, abrindo caminho para outras categorias de servidores públicos. A crise torna-se ainda mais densa em ano eleitoral. Daqui a pouco, cada um dos 21 vereadores vai sair às ruas em busca do voto, com a difícil missão de convencer a quem está decepcionado. Ou apostar na memória curta do eleitor. - # # #


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