quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Parceria administrativa… Não tente arrancar do governador Robinson Faria (PSD) qualquer declaração política neste momento. O mesmo serve para a prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Os dois vão repetir o que já declararam nesta quarta-feira, 11, na abertura de uma agenda de três dias do governador em Mossoró: “Essa é uma parceria administrativa.” Fato. Eles não estão escondendo o jogo. A parceria de agora é exclusivamente administrativa, como deve ser. O momento difícil que Mossoró enfrenta exige a união de Estado e Município. Robinson sabe que a população mossoroense reclama a ausência do seu governo; Rosalba é consciente de que precisa da parceria com o Estado para realizar o trabalho da reconstrução. Então, como diz a sabedoria popular, os dois estão juntando a fome com a vontade de comer. E o prato no momento não permite o tempero da política, porque pode azedar e provocar dissabores, em detrimento das demandas reclamadas pelo cidadão. No entanto, seria inocente imaginar que o viés político-eleitoral não esteja inserido na aproximação administrativa do governador com a prefeita. Nada mais natural. Os gestores são políticos e, por consequência, têm os projetos sendo processados. Robinson Faria instala o governo em Mossoró por três dias, trazendo todo o staff, porque sabe que precisa recuperar a sua popularidade no segundo maior colégio eleitoral do RN, para se inserir no processo sucessório de 2018. Ele sabe que não bastam apenas as ações pontuais do momento e as que terão vida no futuro, por isso, entende que precisa de uma base política sólida para se restabelecer no importante colégio eleitoral. Rosalba é o nome. No quarto mandato de prefeita, com a marca indiscutível de maior eleitora da cidade e a popularidade em alta, é a parceria política que pode ajudar o governador a recuperar a simpatia dos mossoroenses. Ele sabe disso. Inclusive, é consciente de que a sua votação em Mossoró nas eleições de 2014, obtendo 71,66% dos votos, decisiva para a sua eleição, teve o DNA dos eleitores rosalbistas. Pois bem. O governador investe na agenda administrativa, concentrando ações populares em pontos estratégicos, de restaurar a sua imagem na cidade e, por consequência, construir uma ponte política entre ele e a prefeita Rosalba. Lembrando que os dois foram parceiros de palanque nas eleições de 2010, com a chapa vitoriosa “Ro-Ro” ao Governo do RN. Separaram-se logo no início da gestão Rosalba, mas sem bater porta, tanto é que na sucessão de 2014, mesmo sem subir no palanque, Rosalba avisou aos seus eleitores que o seu voto seria, como de fato foi, para Robinson. Isso, porém, não estabelece agora uma união política. E como eles afirmam: existe apenas a parceria administrativa
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