Petista reage às declarações da deputada Sandra Rosado
Contra-ataque Crispiniano Neto considerou estranhas as posições externadas pela parlamentar e lembra aliança PT e PSB no plano nacional
Postado em 10/11/2011 às 22:00 horas por Cristiano Xavier na sessão Política
Sandra chegou a dizer para a imprensa mossoroense que o apoio do PT não seria importante para a consolidação da candidatura da parlamentar do Partido Socialista Brasileiro. Em seu artigo publicado diariamente no Jornal De Fato, Crispiniano Neto lembrou que, nas eleições de 2004, quando Larissa concorreu pela primeira vez a chefia do Poder Executivo mossoroense e contando com o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) em seu palanque, a deputada obteve 32 mil votos dos eleitores mossoroenses.
Crispiniano Neto acrescenta que, no embate eleitoral de 2008, contando com o apoio do Partido dos Trabalhadores de Mossoró, a então candidata a prefeito pelo PSB obteve 46 mil votos, representando uma ampliação de 14 mil votos. "Isso, no entanto, não pareceu ter valido nada. Melhor ser sincera, assim, do que negociar com o PT deixando a ilusão ao partido de ter alguma importância", argumentou o jornalista Crispiniano Neto.
Ele reafirma que PT e PSB são aliados tanto no plano nacional quanto no plano estadual. Crispiniano explica que no plano municipal, as relações entre as duas agremiações partidárias se constituem em uma questão inerente as duas forças políticas no âmbito da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. O petista frisa que, da parte de seu partido, nunca foi descartada a possibilidade de se manter um diálogo político com o PSB.
"Só que o PT não poderia ficar esperando que o PSB de Mossoró se desiludisse com todas as outras possibilidades sonhadas para poder avaliar se o PT tinha ou não importância alguma. Daí porque há mais de um ano o PT decidiu que teria candidatura própria, tendo admitido em sua discussão interna o nome do professor Assis como primeiro nome a ser analisado. Depois surgiu o nome de Josivan Barbosa, um nome que apareceu como uma alternativa bastante viável. Ganhar ou não faz parte do processo democrático. Perder é uma possibilidade que não agrada, mas não leva ao desespero quem tem projeto e um perfil ideológico bem definido", analisou o jornalista Crispiniano Neto em sua coluna 'Prosa & Verso'.
Ele argumenta que uma agremiação partidária pode, sim, não obter êxito em um processo eleitoral, no entanto, o petista afirma que uma legenda não abre mão de manter a sua linha ideológica. "Por isso, o PT de Mossoró se acha no sagrado direito de lançar sua candidatura própria", reafirma Crispiniano Neto, considerando estranhas as declarações sistemáticas e com conotações desdenhosas e irônicas por parte de representantes do Partido Socialista Brasileiro. "Afinal de contas, o PT foi aliado municipal, continua sendo nos planos estadual e nacional, tratou e continua tratando o PSB com muito respeito, mas é preciso entender que o PT não está amarrado a interesses que não sejam os do programa e do projeto do partido", frisa.
No que se refere a uma eventual divisão do bloco oposicionista na cidade, o jornalista Crispiniano Neto fez questão de dizer que isso não é responsabilidade do Partido dos Trabalhadores. Ele declarou em seu artigo publicado ontem que a culpa "é principalmente de quem fica esperando por sinais do governismo local e quem, de última hora, se vende ou se rende aos encantos dos grupos poderosos e depois de passar seis meses e até um ano enrolando o PT com conversa mole, fazendo de conta que está na oposição somente para se vender mais caro. Ninguém no PT está mais para conversinhas moles que só servem para adormecer bovinos".
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