## De dentro para fora ##
*** - De onde vêm as lutas e as brigas entre vocês? (Tg 4.1a). - ***
Irmão brigando com irmão – que coisa feia! Ambos têm o mesmo Pai, o
mesmo Salvador, o mesmo Espírito. Ambos são pecadores e tiveram suas
dívidas pagas pelo sangue de Jesus. Ambos têm as mesmas convicções, a mesma fé salvadora,
a mesma esperança. Ambos vivem na mesma atmosfera do pecado. Ambos são
dependentes da oração. Ambos são ramos da mesma videira. Ambos são
hostilizados pelos não crentes e tentados pelas mesmas potestades do ar.
Eles podem ter temperamentos diferentes e diferentes pontos fracos, mas
no fundo
são iguais em tudo. Por que brigar? Por que viver em desarmonia? Por
que esbanjar energias com pequenos ou grandes atritos? Por quê? Por quê?
As brigas entre irmãos na fé são históricas. Basta lembrar de Caim e
Abel, de Esaú e Jacó, de Penina e Ana, dos judaizantes e dos apóstolos,
das divisões entre os crentes de Corinto e sobretudo daquelas irmãs bem
comprometidas com a evangelização, Evódia e Síntique (Fp 4.2).
Tiago pergunta: “De onde vêm as lutas e brigas entre vocês?” Qual é a
procedência desses atritos? Quando eles começaram? Por que começaram?
Há quanto tempo vocês estão brigando?
O escritor não espera a resposta
dos briguentos. Talvez tenha perdido a paciência com eles. Ele mesmo
responde com outra pergunta: “Não vêm das paixões que guerreiam dentro
de vocês?” (ARA). O que Tiago quer dizer é que as lutas exteriores são
consequência das lutas interiores. Dessa maneira, ele volta a chamar a
atenção deles para o problema básico: a natureza humana!
— Temos tanto em comum, que não deveríamos brigar!
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