Diante de Deus
sáb, 29/12/12
por Paulo Coelho |
categoria Todas
Um velho vendia brinquedos no mercado de
Bagdad. Seus compradores, sabendo que ele estava com a visão fraca, de
vez em quando pagavam com moedas falsas.
O velho percebia o truque – mas não dizia nada. Em suas orações, pedia a Deus que perdoasse os que lhe enganavam.
“Talvez estejam com pouco dinheiro, e querem comprar presentes para os filhos”, dizia consigo mesmo.
O tempo passou, e o homem morreu. Diante do portal do Paraíso, rezou mais uma vez:
- Senhor! – disse.
- Sou um pecador. Fiz muita coisa errada, não sou melhor que as moedas falsas que recebi. Perdoai-me!
Neste momento o portão se abriu, e uma Voz disse:
- Perdoar o que? Como posso julgar alguém que, em toda a sua vida, jamais julgou os outros?
O velho percebia o truque – mas não dizia nada. Em suas orações, pedia a Deus que perdoasse os que lhe enganavam.
“Talvez estejam com pouco dinheiro, e querem comprar presentes para os filhos”, dizia consigo mesmo.
O tempo passou, e o homem morreu. Diante do portal do Paraíso, rezou mais uma vez:
- Senhor! – disse.
- Sou um pecador. Fiz muita coisa errada, não sou melhor que as moedas falsas que recebi. Perdoai-me!
Neste momento o portão se abriu, e uma Voz disse:
- Perdoar o que? Como posso julgar alguém que, em toda a sua vida, jamais julgou os outros?
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