domingo, 30 de dezembro de 2012

NORDESTINO SIM SECUNDÁRIO NÃO...

Não quero uma segunda chance. Mesmo que me seja dada uma segunda vida, quero novamente a mesma primeira chance.
Pois é. Não tive o talento para compor esses versos, mas foi sempre assim que repensei minha vida. Gostaria de uma segunda vida, não de uma segunda chance. Até porque gostaria de ter os mesmos amigos para amar e os mesmos inimigos para desprezar. O mesmo lugar de nascimento, a mesma origem e a mesma família bocó da primeira vez.
Os mesmos mofumbos para me esconder e o mesmo jardim da casa da avó. Os mesmos medos para vencer e os mesmos sonhos inalcançáveis. As mesmas molecas que pari e os mesmos paridos delas.
Nem o cinzento da seca eu quero diferente, pois só assim a chuva se faz desejo.
As mesmas dores, para exercitar a tática de vencê-las. Os mesmos atropelos, para afiar o gume de superá-los. E mesmo sem vencer umas ou superar outros, não peço suavidade neles, mas a chance de ter de novo a mesma primeira chance. venho no aguardo desta primeira chance para mim revive-la com mais experiência refazendo minha história e podendo servir mais do que servi ao longo da minha primeira chance, gostaria de escrever a minha primeira poesia, meu primeiro verso, ou soneto em harmônia com  natureza minha de cada dia...

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