Pois é. Não tive o talento para compor
esses versos, mas foi sempre assim que repensei minha vida. Gostaria de
uma segunda vida, não de uma segunda chance. Até porque gostaria de
ter os mesmos amigos para amar e os mesmos inimigos para desprezar. O
mesmo lugar de nascimento, a mesma origem e a mesma família bocó da
primeira vez.
Os mesmos mofumbos para me esconder e o
mesmo jardim da casa da avó. Os mesmos medos para vencer e os mesmos
sonhos inalcançáveis. As mesmas molecas que pari e os mesmos paridos
delas.
Nem o cinzento da seca eu quero diferente, pois só assim a chuva se faz desejo.
As mesmas dores, para exercitar a tática de vencê-las. Os mesmos atropelos, para afiar o gume de superá-los. E mesmo sem vencer umas ou superar outros, não peço suavidade neles, mas a chance de ter de novo a mesma primeira chance. venho no aguardo desta primeira chance para mim revive-la com mais experiência refazendo minha história e podendo servir mais do que servi ao longo da minha primeira chance, gostaria de escrever a minha primeira poesia, meu primeiro verso, ou soneto em harmônia com natureza minha de cada dia...
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