domingo, 10 de agosto de 2014

### - Eu prometo. - ###

quarta-feira 
 
A idéia de que “estar apaixonado” é a única razão para continuar casado, na verdade, não deixa espaço para o casamento como um contrato ou uma promessa.
Se o amor é tudo que há, então a promessa não terá mais nada a acrescentar; e se ela não acrescenta nada, então nem deveria ser feita. O mais curioso é que o próprio casal que se ama, enquanto está realmente apaixonado, sabe disso melhor do que os que ficam falando muito de amor.
Chesterton destacava que quem está apaixonado tem uma propensão natural a se comprometer com promessas. Todas as canções de amor por todo o mundo são cheias de juras de fidelidade eterna. A lei cristã não impõe nada à paixão amorosa que seja estranho à própria natureza dessa paixão; só o que se exige é que os amantes levem a sério algo que a paixão os leve a fazer.
E é claro que a promessa de ser sincero à amada enquanto for vivo que eu faço quando estou apaixonado e porque estou apaixonado, me compromete a ser verdadeiro, mesmo quando eu deixar de estar apaixonado. Uma promessa deve referir-se a coisas que eu possa fazer, a tomadas de ação; ninguém pode prometer ter o mesmo sentimento por toda a vida. Da mesma forma como também não poderia prometer ter dor de cabeça ou fome sempre.

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